Praga 1 – Um estudo realizado por Luís de Sousa e João Triães, hoje divulgado no JN, mostra, sem surpresa, que os portugueses têm uma atitude tolerante face ao tráfico de influências, a nossa querida “cunha”, e à pequena corrupção. Essa atitude tolerante assenta na ideia de que aqueles procedimentos se adoptam por “uma causa justa” e por “benefícios para a população”. A justificação para esta atitude tolerante, decorre do entendimento de que os serviços são ineficazes e lentos pelo que se aceita a instalação do “um gajo tem que se safar”, do “pode dar-se um jeitinho”, do “pá, se não for assim, não dá”, etc. Este trabalho, sublinha uma convicção generalizada de que a corrupção mais do que um problema de polícia, é um problema de cultura cívica e de valores. É isso que torna difícil combatê-la.
Praga 2 – Na Região Autónoma da Madeira, em todos os concelhos, vai desencadear-se uma operação de desratização mobilizando a utilização de toneladas de raticida e de milhares de armadilhas. É um começo, combater a praga de ratos. Depois pode ser que venha o combate à praga da gestão ruinosa, à praga do discurso insultuoso, à praga da arrogância, à praga do tráfico de influências, etc.
Praga 2 – Na Região Autónoma da Madeira, em todos os concelhos, vai desencadear-se uma operação de desratização mobilizando a utilização de toneladas de raticida e de milhares de armadilhas. É um começo, combater a praga de ratos. Depois pode ser que venha o combate à praga da gestão ruinosa, à praga do discurso insultuoso, à praga da arrogância, à praga do tráfico de influências, etc.
Acho muito bem haver um estudo sobre tráfico de influências e pequena corrupção e dizer que é um problema sociológico, até porque os autores nunca meteram cunhas e o povo costuma dizer "Só se lembram de Santa Bárbara quando troveja".
ResponderEliminarQuanto aos ratos eles não meteram cunhas mas também não se safam.
Abraço
A.C.
É uma pena que O Livro Amarelo não seja um recurso mais utilizado neste país!Creio que é por tudo o que disse no seu texto:"desde que eu me safe", "pode ser que aquele tipo que eu conheço me desenrasque..."é a cultura herdada de quase 50 anos de escuridão.
ResponderEliminarEra bom que não nos esquecêssemos de recorrer ao tal "livrinho", em vez de esperar pela "cunha".
Tenho em mim que a solução no problema está no Magalhães!lol
Um abraço
A.B.
Um grande bem haja para quem pede uma cunha para o filho e para o amigo porque se preocupa com o bem estar deles.
ResponderEliminarUm palavra de apreço por aqueles que aceitam ou não as cunhas.
E melhor do que o livro amarelo é "Inveja e Gratidão" por Melanie Klein de há 50 anos atrás.
Abraço
A.B.C