Estava aqui no meu Alentejo a ouvir aquele vento que, como se costuma dizer, “está a puxar por ela”, a chuva e, às tantas, pensei na complicada situação que vivemos. De repente, lembrei-me do meu pai, homem que partiu há mais de trinta anos.
Uma das muitas razões pelas quais o meu pai foi meu pai, foi pelo facto de contar imensas histórias, quase sempre criadas no momento. Não tínhamos televisão, líamos algumas obras que ele trazia do Arsenal do Alfeite onde era serralheiro, ouvíamos alguma rádio, mas lembro-me sobretudo das histórias, todos os dias inventadas. A memória destas histórias acendeu-se porque, em quase todas, entrava um personagem que dava pelo nome de Arranja Moinhos, não me perguntem porquê. Era fantástico o “Arranja Moinhos”, sempre que a história entrava numa fase mais complicada, fosse qual fosse a situação ou as dificuldades que os personagens enfrentassem, lá aparecia o Arranja Moinhos que tudo resolvia, tudo tratava e a história, claro, acabava bem, para descanso dos fascinados ouvidores eu, o meu primo e, às vezes, mais um ou outro miúdo da vizinhança.
Pensei como agora, nesta história tão complicada que estamos a viver, dava jeito o Arranja Moinhos. Tenho a certeza que ele havia de encontrar uma maneira de nos safar. O meu pai dizia que ele era capaz de resolver tudo. E eu, eu continuo a acreditar no meu pai.
Uma das muitas razões pelas quais o meu pai foi meu pai, foi pelo facto de contar imensas histórias, quase sempre criadas no momento. Não tínhamos televisão, líamos algumas obras que ele trazia do Arsenal do Alfeite onde era serralheiro, ouvíamos alguma rádio, mas lembro-me sobretudo das histórias, todos os dias inventadas. A memória destas histórias acendeu-se porque, em quase todas, entrava um personagem que dava pelo nome de Arranja Moinhos, não me perguntem porquê. Era fantástico o “Arranja Moinhos”, sempre que a história entrava numa fase mais complicada, fosse qual fosse a situação ou as dificuldades que os personagens enfrentassem, lá aparecia o Arranja Moinhos que tudo resolvia, tudo tratava e a história, claro, acabava bem, para descanso dos fascinados ouvidores eu, o meu primo e, às vezes, mais um ou outro miúdo da vizinhança.
Pensei como agora, nesta história tão complicada que estamos a viver, dava jeito o Arranja Moinhos. Tenho a certeza que ele havia de encontrar uma maneira de nos safar. O meu pai dizia que ele era capaz de resolver tudo. E eu, eu continuo a acreditar no meu pai.
E eu continuarei a vir aqui, porque esta forma simples de dizer as coisas importantes,o humor e ironia subjacentes, a acutilância das questões, me faz acreditar que vale a pena visitar este espaço.
ResponderEliminarbom fim-de-semana