Depois de uma ida ao Alentejo, Portel, sob uns simpáticos trinta e muitos graus, a disponibilidade para aqui reflectir, a esta hora, não é a maior. No entanto, uma rápida passagem de olhos pela imprensa on-line, mostrou-me algumas referências, cuja ligação aparente, se deverá, seguramente a coincidência, circunstância em que, como sabemos, o mundo é fértil.
Parece que hoje tivemos o dia mais quente do ano. Certamente por coincidência, a Conta Geral do Estado de 2006 foi discutida na Assembleia da República por menos de 46 dos 230 deputados, o mínimo exigido para que a Reunião Plenária possa funcionar.
Estamos a entrar no período crítico pré-eleitoral. Certamente por coincidência, o Governo descobriu uma desconhecida veia negocial, estabelecendo sucessivos acordos com grupos contestatários de políticas sectoriais.
O ministro Jaime Silva esticou-se nas referências às ligações políticas das organizações representativas dos agricultores. Certamente por coincidência, o gabinete do Primeiro-ministro assumiu as negociações do sector.
De há muitos anos que os resultados escolares dos alunos portugueses nas diferentes provas de carácter nacional têm sido desastrosos. Certamente por coincidência, toda a gente fora do inner circle da 5 de Outubro que olha para os exames deste ano, a começar pelos alunos, consideram-nos bem mais fáceis que os anteriores. Ao que parece, sendo difícil mudar os alunos, pois que se mudem os exames.
Este tipo de coisas passa-se no Portugal dos pequeninos. Certamente por coincidência, às vezes, estamos cansados e pessimistas.
Parece que hoje tivemos o dia mais quente do ano. Certamente por coincidência, a Conta Geral do Estado de 2006 foi discutida na Assembleia da República por menos de 46 dos 230 deputados, o mínimo exigido para que a Reunião Plenária possa funcionar.
Estamos a entrar no período crítico pré-eleitoral. Certamente por coincidência, o Governo descobriu uma desconhecida veia negocial, estabelecendo sucessivos acordos com grupos contestatários de políticas sectoriais.
O ministro Jaime Silva esticou-se nas referências às ligações políticas das organizações representativas dos agricultores. Certamente por coincidência, o gabinete do Primeiro-ministro assumiu as negociações do sector.
De há muitos anos que os resultados escolares dos alunos portugueses nas diferentes provas de carácter nacional têm sido desastrosos. Certamente por coincidência, toda a gente fora do inner circle da 5 de Outubro que olha para os exames deste ano, a começar pelos alunos, consideram-nos bem mais fáceis que os anteriores. Ao que parece, sendo difícil mudar os alunos, pois que se mudem os exames.
Este tipo de coisas passa-se no Portugal dos pequeninos. Certamente por coincidência, às vezes, estamos cansados e pessimistas.
O que acha do facto de, no caso da matemática, associações que agora criticam a prova de exame terem antes, por escrito, dado parecer positivo a essas mesmas provas? Por qual razão o que agora, depois dos resultados, é facilitismo, não o era antes? Será isso devido a critérios objectivos? Ou será por excessiva vontade de politizar tudo e mais alguma coisa, de tudo fazer arma de arremesso, incluindo coisas que deveriam ficar de fora da voragem de tudo politi/partidari-zar?
ResponderEliminarCumprimentos.
@Porfirio - O parecer pedido e que foi dado, foi em relação a existência de erros nas provas e não quanto ao seu conteúdo é só uma pequena grande diferença... porque o seu conteúdo é feito com bases em directrizes vindas do ministério da educação
ResponderEliminarQualquer pessoa que perceba um bocado de matemática sabe que a prova é fácil, o meu gato acertou três questões só com as patinhas, não estou a ver que seja política do gato fazer isto
ResponderEliminarAbraço
A.C.
Acho que o problema não é dos alunos, nem dos exames. A bandalheira que se assiste nas nossas escolas públicas desde falta de disciplina, de autoridade e de organização, levaram o ensino público ao descalabro.
ResponderEliminarOs alunos sabem que no final passam porque as estatísticas assim o exigem, os professores estão desmotivados, os que não faltam dão as aulas e quem quiser aprender aprende, quem não quiser o problema é deles.
Os exames como temos visto, são demasiado fáceis, basta ouvir as entrevistas aos alunos e vê-se logo que o grau de dificuldade é nulo. Entra-se nas faculdades com notas negativas e quem não consegue entrar nas oficiais onde ainda existe algum rigor, optam pelas privadas que aí é tudo facilidades.
Felizmente quem tem alguns meios económicos procura escolas de prestigio particulares, como colégio inglês, alemão, salesianos maristas, etc.
Este é um país perdido e sem recuperação
Os colégios Ingles, Alemão, os Salesianos e Maristas têm sempre más equipas de futebol, acho que assim não vamos lá.
ResponderEliminarAbraço
A.C.
Concordo que, no actual estado,das relações entre a 5 de Outubro e as diferentes organizações científicas e profisionais ligadqas a professores, é legítimo colocar a hipótese da "politização" das apreciações aos exames. No entanto, como referi no texto, achei relevante que, DA PARTE DOS ALUNOS a opinião que mais ouvi, quer na imprensa, quer noutras circunstâncias foi de que, de facto, os exames foram muito acessíveis.
ResponderEliminarEsta opinião parece-me de considerar. Como toda a gente, entendo, que sendo importantes os resultados, mais importante é que os miúdos SAIBAM
Foi realmente um privilégio partilhar o final da tarde de ontem com o Dr. José Morgado, em Portel. Não conhecia nem o seu nome, até ao dia de ontem às 18h00, mas a partir das 18h10 já era sua fã!!! E se eu podesse governar por um dia, também decretava que todas as crianças têm que ter avó. Eu não conheci as minhas e, ainda hoje, isso é uma falta enorme na minha experiência de vida.Mas para além das avós, decretava também que os canais televisivos deixariam de emitir uma das tantas telenovelas que passam em cada 24 horas e daria esse tempo de antena a alguém que conseguisse explicar aos portugueses aquilo que se explica neste blogue. Vivemos cada dia com a sensação de que o país não está bem, mas nem reparamos o quanto ele está mal...
ResponderEliminarEstive também em Portel, sou professora e não gosto muito dos psicólogos que temos nas escolas...fazem-me impressão, wisc...wisc...e aquilo ñ ajuda nada! Mas o professor, não é como os outros é alguém que fala uma linguagem comum que está próximo do ouvinte, que empatiza...que...que fascina...Conheci-o há alguns anos em Portel, e nunca mais esqueci o seu nome. Sempre que posso lá estou, a ouvir as histórias do Manel...
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