Era uma vez um Rapaz. Tinha sete anos e andava na escola. O Rapaz não era muito bom aluno. Para dizer a verdade até era mau aluno. Lia com alguma dificuldade, atrapalhava-se muito nas contas e em outras coisas da escola, mas escrever era o seu maior problema. Dava muitos erros e não gostava nada, mas mesmo nada, de escrever. Fingia sempre que tinha alguma coisa para tentar fugir à escrita. A professora já não sabia o que fazer. Achava que o Rapaz era inteligente, sabia muitas coisas que gostava de mostrar. Sabia conversar muito bem e, mais do que qualquer outro colega, inventava histórias muito bonitas e cheias de coisas imaginadas. Tendo, sem resultado, procurado ajuda dentro dos seus livros e da sua experiência, a professora resolveu, sem grande esperança, perguntar ao Rapaz por que motivo, com tantas histórias bonitas para contar, não queria escrever.
O Rapaz pensou um pouco e com um ar muito sério disse “Mas eu quero muito escrever, a minha mão é que não”. A professora pegou-lhe na mão que não gostava de escrever, escondeu-a no meio das suas e disse muito baixinho umas palavras que o Rapaz não percebeu. “Que disseste à minha mão?”, perguntou o Rapaz.
“Um segredo. Para ela gostar de escrever”, disse a professora.
O Rapaz pensou um pouco e com um ar muito sério disse “Mas eu quero muito escrever, a minha mão é que não”. A professora pegou-lhe na mão que não gostava de escrever, escondeu-a no meio das suas e disse muito baixinho umas palavras que o Rapaz não percebeu. “Que disseste à minha mão?”, perguntou o Rapaz.
“Um segredo. Para ela gostar de escrever”, disse a professora.
Esta estória lembra-me muitas outras que em tempos li... «Quando for grande quero ir à Primavera», dizia na capa do pequeno livro. Hoje o desencanto pela profissão é grande e já não cabe nessas páginas.
ResponderEliminarObrigada Professor Morgado.
por favor, conte-me o resto da história...
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