AS MINHAS CONVERSAS POR AÍ

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

UMA ESFOLADELA NOS JOELHOS SÓ FAZ É BEM

Numa discreta posição aparece no Público de hoje uma referência a um interessante comunicado da Royal Society for the Prevention of Accidents (RoSPA) de Inglaterra. Refere-se o comunicado a algo que, frequentemente, abordo em muitas conversas com pais e que consiste numa procupação fundamentalista com a segurança e riscos na vida dos miúdos que, por vezes, é excessivamente zelosa inibindo experiências e actividades contributivas para a capacidade de gestão de limites e riscos e para o aumento da autonomia dos miúdos, factor nuclear no seu desenvolvimento e educação. Diz o comunicado da RoSPA que as actividades disponibilizadas aos mais novos “devem ser tão seguras quanto necessário e não tão seguras quanto possível”. Refere ainda que a esfoladela ou o arranhão resultantes do jogo não têm que ser entendidas como experiências negativas, pelo contrário, ajudarão os miúdos a conhecerem riscos, limites e estratégias de protecção e superação de dificuldades ou incidentes. Num mundo, que à luz de uma quase paranóia securitária, que se pode entender mas não tem que se aceitar, procura o risco zero da gaiola dourada, parece importante que pais e educadores assumam uma atitude mais flexível e aberta e, sobretudo, que o façam com a convicção de que continuam a zelar pela segurança dos mais pequenos.

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