AS MINHAS CONVERSAS POR AÍ

terça-feira, 4 de março de 2025

O CORSO

 Parece que a meteorologia não parece disposta a colaborar, mas o Corso vai realizar-se. Não pode haver Carnaval sem o Corso e acontece com chuva ou com frio que por cá o Carnaval não é tempo de calor embora muitos dos e das figurantes do Corso se apresentem corajosamente com "equipamento" de Verão.

O Corso tem andado em preparação de há muito e nos últimos dias parece ter atingido o auge da capacidade de animação das gentes que, com ou sem tolerância, não toleram não ver o Corso.

Os personagens e intervenientes no Corso são de uma variedade e riqueza que deixarão a concorrência internacional roída de inveja apesar de Trump poder constituir uma mais-valia.

Podem encontrar-se malabaristas com números que fazem com que estes digam tudo o querem ouvir. Temos ilusionistas que mostram realidade e truques que nos fazem duvidar dos nossos olhos. Temos pantomineiros que contam histórias e lengalengas que nos fazem rir ou chorar conforme a natureza. Temos vendedores de banha da cobra que todos os problemas prometem resolver.

Temos gigantes que se acham omnipotentes e têm pés de barro e figuras pequeninas que usam andas para se tornar visíveis. Temos inquisidores justiceiros e virgens ofendidas na sua falsa virtude.

Também entram os mascarados com a autoridade que não têm e os fingidores de um saber que não possuem. Não faltam oráculos, adivinhadores do futuro e profetas da desgraça.

No meio do Corso não faltam bobos que ainda mais animação procuram promover. Enfim, vamos ver se o Sol ainda aparece para que o Corso prossiga com mais luminosidade.

Entretanto e com frequência o povo que assiste sente as mãos a doer.

Nem sempre é de aplaudir, às vezes é de inquietação.

 Nota - Registo de interesses, não gosto muito do Carnaval. Acho que resulta do trauma de em pequeno me obrigarem a mascar-me.

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