Parece que a meteorologia não parece disposta a colaborar, mas o Corso vai realizar-se. Não pode haver Carnaval sem o Corso e acontece com chuva ou com frio que por cá o Carnaval não é tempo de calor embora muitos dos e das figurantes do Corso se apresentem corajosamente com "equipamento" de Verão.
O Corso tem andado em preparação
de há muito e nos últimos dias parece ter atingido o auge da capacidade de
animação das gentes que, com ou sem tolerância, não toleram não ver o Corso.
Os personagens e intervenientes
no Corso são de uma variedade e riqueza que deixarão a concorrência
internacional roída de inveja apesar de Trump poder constituir uma mais-valia.
Podem encontrar-se malabaristas
com números que fazem com que estes digam tudo o querem ouvir. Temos
ilusionistas que mostram realidade e truques que nos fazem duvidar dos nossos
olhos. Temos pantomineiros que contam histórias e lengalengas que nos fazem rir
ou chorar conforme a natureza. Temos vendedores de banha da cobra que todos os
problemas prometem resolver.
Temos gigantes que se acham
omnipotentes e têm pés de barro e figuras pequeninas que usam andas para se
tornar visíveis. Temos inquisidores justiceiros e virgens ofendidas na sua
falsa virtude.
Também entram os mascarados com a
autoridade que não têm e os fingidores de um saber que não possuem. Não faltam
oráculos, adivinhadores do futuro e profetas da desgraça.
No meio do Corso não faltam bobos
que ainda mais animação procuram promover. Enfim, vamos ver se o Sol ainda aparece
para que o Corso prossiga com mais luminosidade.
Entretanto e com frequência o
povo que assiste sente as mãos a doer.
Nem sempre é de aplaudir, às
vezes é de inquietação.
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