AS MINHAS CONVERSAS POR AÍ

terça-feira, 6 de fevereiro de 2024

O PROBLEMA DE MATEMÁTICA - OUTRO DIÁLOGO IMPROVÁVEL

 Setora, isto que está escrito aqui no meu trabalho quer dizer que o problema está errado?

Não Duarte, o problema está com o resultado certo.

Mas então porque é que a Setora diz que não está bem?

Duarte, tu chegaste ao resultado certo, mas o problema não deve ser resolvido dessa forma.

A Setora põe o problema no trabalho para gente resolver, eu resolvo, o resultado está certo e a Setora diz que não está bem, não percebo, resolvi o problema ou não?

Sim Duarte, resolveste o problema, mas não o fizeste da maneira própria.

Setora, os problemas são para ser resolvidos ou para ser resolvidos sempre da mesma maneira, a própria?

Duarte, por amor de Deus, não recomeces com a tua retórica.

Retórica Setora!? Isso é o quê?

A conversa que fazes sempre para levar por diante os teus pontos de vista. Tens que ter sempre uma opinião diferente dos outros, inventas sempre alguma coisa de esquisito e não te convences, teimas em querer ter razão.

Setora, pense lá. A Setora dá-me um problema para eu resolver, não me diz como, eu resolvo o problema, o resultado está certo e a Setora diz que não está bem. Não é esquisito?

Mas que mania tu tens de ser diferente.

A Setora desculpe, mas é ao contrário. Eu não tenho a mania de que sou diferente, eu sou diferente, todos somos diferentes. Acontece depois é que querem que a gente fique com a mania que somos todos iguais, a dizer a mesma coisa, a fazer a mesma coisa, a pensar a mesma coisa, a fazer da mesma maneira, isso é que é uma mania, não é verdadeira.

Duarte, desisto.

Eu não Setora.

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