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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2023

UM TEMPO DE SERVIÇOS MÍNIMOS

 O mundo das escolas entra hoje em serviços mínimos. A educação está a atravessar um tempo de serviços mínimos. Também o ME, na definição de algumas das dimensões que estão em jogo neste processo, mas não só, parece estar em serviços mínimos.

A manutenção de discursos e intervenções erráticas por parte da tutela e o recurso a procedimentos que, mais do que esclarecer ou contribuir para a solução, agudizam o confronto não favorecem a possibilidade de concertação e confiança.

Não há volta a dar, a única forma de ultrapassar este cenário, é a negociação e esta não pode ser de serviços mínimos, o que está em jogo é demasiado importante.

Os sistemas educativos considerados como tendo melhor qualidade, independentemente dos critérios de análise, são, em regra, os que mais valorizam os professores, em termos sociais, em termos profissionais e também no estatuto salarial.

Como já escrevi, a defesa da qualidade da educação e da escola, pública e também privada, passa incontornavelmente pela defesa e valorização das condições de trabalho, em diferentes dimensões, que possibilitem que o desempenho de escolas, professores, directores, técnicos, funcionários, alunos e pais tenha o melhor resultado possível.

O futuro passa pela educação e pela escola, donde ... abandonemos um tempo de serviços mínimos.

Não é tarefa fácil, o mundo parece estar também em serviços mínimos, a vida é madrasta para muita gente, demasiada gente.

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