AS MINHAS CONVERSAS POR AÍ

quinta-feira, 11 de agosto de 2022

APRENDIZAGENS ESSENCIAIS, OU TALVEZ NÃO

 A terminologia que vai sendo criada em matéria de educação, aliás, como noutras áreas, deixa-me vezes um pouco confuso, deve ser da idade, ou pior, da ignorância. Um dos últimos exemplos remete para a definição de aprendizagens essenciais, coisa que não me parece assim muito clara.

Aparentemente, as aprendizagens não constituirá matéria para férias, é coisa da escola. A questão é que existirão muitas aprendizagens que sendo essenciais, não constam dos conteúdos curriculares, ficam para as férias por exemplo.

Por aqui no Monte a tarefa básica de Verão é a rega da horta e dos pomares e a plantação mais tardia de alguma coisa que acabará na mesa. Daqui a uns dias começamos na limpeza dos pés de burro das oliveiras que faz bem à árvore e facilita a apanha da azeitona que este ano não será tanta como no ano passado

A rega é uma tarefa em que os meus netos gostam de colaborar, Ontem ao fim da tarde o Simão e o Tomás, ajudaram na rega de uns sobreiros novos que ainda precisam de água para se fazerem. E se ajudaram! Encheram a cisterna depois de colocada no tractor e iam regando os sobreiros, ficando para mim a condução, um trabalho  leve. Eles acham que eu já estou assim um bocado velhinho para estar a subir e descer do tractor. Um exagero simpático, é claro.

É uma actividade que, naturalmente, não fará parte do currículo escolar, mas tenho a certeza que, tal como eu, a consideram uma aprendizagem essencial.

E são, também assim, os dias de calor áspero do Alentejo.



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