Tem sido um fim-de-semana quente por aqui no Monte. Chegaram
os primeiros dias de calor ao Alentejo e também estiveram os netos e pais.
Ontem de manhã o Valter disse ao Simão e ao Tomás que quando
voltasse à tarde lhes trazia uma surpresa. O Simão respondeu que devia ser um
borrego. E era.
À noite, na janta, lembrei-me do episódio e perguntei ao
Simão se ele tinha adivinhado com o dedo mindinho que o Valter trazia um
borrego para eles brincarem.
Com um ar sério, o Simão explicou que ele não adivinha com o dedo mindinho, é com o dedo do meio.
Antes que eu perguntasse porquê ele esclareceu, “É que o
dedo do meio, como está no meio, tem dois dedos de cada lado que lhe dão dicas,
adivinha mais”.
Não tem dúvidas. Nem eu.
De modo que, se por acaso virem o Simão, nos seus sete anos,
com o dedo do meio em riste … está só a tentar adivinhar alguma coisa.
São também assim os dias do Alentejo e da magia da avozice.
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