AS MINHAS CONVERSAS POR AÍ

segunda-feira, 30 de novembro de 2020

ATÉ QUANDO?

 Há uns dias comecei aqui um texto referindo a janela de esperança ainda que mais longe do que gostaríamos aberta pelas notícias referentes às vacinas para a Covide-19- Esta janela de esperança, também o disse, surge quando de mansinho mas de forma bem pesada se instala o que tem vindo a ser referido por “fadiga pandémica”, os efeitos devastadores dos tempos que temos vivido e orientei o texto para o universo da saúdem mental.

Uma peça da Lusa ontem divulgada levou-me a retomar a introdução.

O trabalho centra-se no efeito que nas escolas e nas pessoas que trabalham nas escolas, e no grau de exaustão e cansaço bem como o enorme receio com que trabalham e que, naturalmente, também afecta o bem-estar e o desempenho. Não sendo, longe disso, a única área de actividade em que tal se passa, não deixa de ser preocupante o quadro referido na peça.

De Março para cá, incluindo o período de férias, o mundo da escola tem vivido os tempos mais estranhos e exigentes de que me lembro em muitas décadas de ligação a este universo.

Como é óbvio, as exigências diárias da actividade das escolas são sempre pesadas em qualquer cenário. No entanto, as actuais circunstâncias, a manutenção das escolas a funcionar, a gestão dos riscos de saúde de professores, funcionários, técnicos e alunos, o assegurar de actividades lectivas, presenciais, mas também online se a situação dos alunos o exigir, as dificuldades com docentes, técnicos e auxiliares de educação, criam uma tempestade devastadora que não se imagina como se pode aguentar por muito tempo sem efeitos complexos e não totalmente previsíveis.

Lamento, mas contrariamente aos cientistas de múltiplas ciências e aos incontáveis opinadores que diariamente se ouvem e lêem, não tenho nenhuma solução que reverta com rapidez e eficácia esta situação, apenas sei como é dura e difícil.

Não servirá de muito, mas resta-me também em nome dos miúdos cá de casa, registar e agradecer o esforço brutal que os actores envolvidos, professores e direcções, técnicos, auxiliares, alunos e famílias, bem como outras estruturas ou entidades, desenvolvem diariamente para nos assegurar a imprescindível tarefa de construir o futuro.

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