O Paulo Guinote na sua colaboração com o “educare.pt” trata
hoje uma questão que nestes últimos dias também aqui tenho abordado, os constrangimentos
que muitas famílias terão no que respeita a recursos, acessibilidade e literacia
digital o que, evidentemente, compromete o trabalho de alunos e professores
neste cenário de “educação à distância”.
Parece claro que a situação actual se manterá provavelmente
até final do ano lectivo sendo desejável que pensássemos todos como poderíamos “mitigar”
tais circunstâncias.
Este grupo alargado de famílias e alunos e também a situação
de alunos com necessidades especiais solicita a reconfiguração para este cenário da
questão da educação inclusiva. A "escola à distância" não pode aumentar a distância para a escola como há dias escrevi.
A sua particular situação de vulnerabilidade não será resolvida
decretando a criação de “escolas inclusivas de segunda geração à distância”. É
necessário que consigamos em tempo útil optimizar dispositivos de suporte
e os recursos disponíveis e necessários, de uma forma real, sem pensamento mágico. A primeira
etapa é reconhecer os problemas e não olhar para eles “à distância”.
Só que há quem não goste de encarar os "problemas" e o habitual é ser mal recebido nos ambientes de tecno-excitados que me parecem longe de perceber que podemos estar a aumentar (e não a reduzir) a exclusão.
ResponderEliminarÉ Paulo, muita gente a viver com o entendimento de que a realidade é a projecção dos seus desejos
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