AS MINHAS CONVERSAS POR AÍ

domingo, 23 de fevereiro de 2020

O CORSO


Parece que a metereologia preparou um clima amigável e o Corso vai realizar-se. Não pode haver Carnaval sem o Corso e acontece com chuva ou com frio que por cá o Carnaval não é tempo de calor embora muitos dos e das figurantes do Corso se apresentem corajosamente com "equipamento" de Verão.
O Corso tem andado em preparação de há muito e nos últimos dias parece ter atingido o auge da capacidade de animação das gentes que, com ou sem tolerância, não toleram não ver o Corso.
Os personagens e intervenientes no Corso são de uma variedade e riqueza que deixarão a concorrência internacional roída de inveja.
Podem encontrar malabaristas com números que fazem com que estes digam tudo o querem ouvir. Temos ilusionistas que mostram realidade e truques que nos fazem duvidar dos nossos olhos. Temos pantomineiros que contam histórias e lengalengas que nos fazem rir ou chorar conforme a natureza. Temos vendedores de banha da cobra que todos os problemas prometem resolver.
Temos gigantes que se acham omnipotentes e têm pés de barro e figuras pequeninas que usam andas para se tornar visíveis. Temos inquisidores justiceiros e virgens ofendidas na sua falsa virtude.
Também entram os mascarados com a autoridade que não têm e os fingidores de um saber que não possuem. Não faltam oráculos, adivinhadores do futuro e profetas da desgraça.
No meio do Corso não faltam bobos que ainda mais animação procuram promover. Enfim, ainda bem que o Sol vai aparecer para que o Corso prossiga.
Entretanto e com frequência o povo que assiste sente as mãos a doer.
Nem sempre é de aplaudir, às vezes é de inquietação.

Nota - Registo de interesses, não gosto do Carnaval.

Sem comentários:

Enviar um comentário