AS MINHAS CONVERSAS POR AÍ

sábado, 18 de janeiro de 2020

ECRÃS E MIÚDOS


A agência francesa de saúde pública lançou um novo alerta a partir de estudos realizados relativos à exposição excessiva das crianças aos ecrãs, sobretudo nas crianças até aos três anos aos ecrãs.
Foram identificados riscos no desenvolvimento, registando-se compromissos significativos no desenvolvimento da linguagem. Os riscos aumentam quando, como é frequente, a presença excessiva em frente de um ecrã está associada a um menos nível de interacção com adultos, designadamente com os pais.
Sublinhe-se que a OMS tem vindo recorrentemente a desaconselhar o contacto com ecrãs em crianças até aos dois anos e com prudência e limites entre os dois e os cinco. Identifica também os riscos associados ao excesso, promoção de estilos de vida sedentários, obesidade, falta de qualidade e tempo de sono ou alterações no desenvolvimento.
Como tantas vezes já tenho referido o ecrã, qualquer ecrã, é hoje a “baby-sitter” de muitíssimas das nossas crianças e adolescentes que neles, ecrãs, passam um tempo enorme “fechados”, às vezes "acompanhados" de outros miúdos tão sós quanto eles.
Acontece também que, como referido acima, durante o período de sono e sem regulação familiar muitas crianças e adolescentes estarão diante de um ecrã, pc, tv ou "smartphone". Com é óbvio, esta situação não pode deixar de implicar consequências nos comportamentos durante o dia, sonolência e distracção, ansiedade e, naturalmente, o risco de falta de rendimento escolar num quadro geral de pior qualidade de vida.
Comer é necessário faz bem às crianças, mas comer excessivamente e produtos de má qualidade, provoca sérios problemas de saúde. Que se eduque o consumo, sem se diabolizar ou exaltar o produto.
Estas matérias, a presença das novas tecnologias na vida dos mais novos, são problemas novos para muitos pais, alguns deles com níveis baixos de alfabetização informática como constato em muitas conversas que mantenho com grupos de pais.
Considerando as implicações sérias na vida diária e que só estratégias proibicionistas não são muito eficazes, importa que se reflicta sobre a atenção e ajuda destinada aos pais para que a utilização imprescindível seja regulada e protectora da qualidade de vida das crianças e adolescentes.

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