Surgiu mais uma estrutura
sindical no universo representativo dos professores. Trata-se do Stop, S.TO.P.
— Sindicato de tod@s @s professor@s.
É o 23º sindicato sendo que catorze
14 estão agrupados na Fenprof (7) e na FNE (7) e oito são independentes.
Ao que se lê, o STOP surge porque
os apoiantes se sentem “muito desiludidos” com a actuação das estruturas,
defendem a “renovação e rejuvenescimento do sindicalismo docente" pois "Na
última década temos sido atacados a sério e temos que responder a sério” e não através
da “luta mansinha” de que fala no Público André Pestana, um dos principais
dirigentes do STOP. Aguardemos o impacto da nova estrutura sindical que para hoje convocou o início de uma greve às avaliações.
Espero que seja mais um
contributo para a minimização dos problemas que afectam a classe docente e que,
como costumo dizer, alguns deles são também problemas nossos logo que impliquem
a qualidade dos processos educativos e as suas condições de realização.
Não tenho a certeza se estas
tantas vozes a falar em nome dos professores não serão algumas vezes parte do
problema e não parte da solução sem que evidentemente esteja em causa a
legitimidade da sua existência.
No entanto, tenho para mim que se
os discursos e as práticas se centrassem fundamentalmente nos problemas
profissionais dos professores, na sua valorização incluindo o estatuto
salarial, na defesa da qualidade do seu trabalho e da sua competência talvez
tivéssemos um cenário um pouco diferente.
A questão é que, do meu ponto de
vista, um dos grandes problemas que
aflige a educação em Portugal é que a educação é um terreno altamente permeável
e apetecível para as lutas de poder e controlo da partidocracia vigente, muito
divido entre quintais, corporações e umbiguismos que lhe retira serenidade e alimenta uma gestão
de interesses e das políticas educativas com agendas de múltipla natureza.
Vamos ver os desenvolvimentos.
Boa noite!
ResponderEliminarEstou completamente de acordo com o texto que o José Morgado escreveu.
Por este motivo, vou continuar a fazer greve até 31 de julho, se for necessário.
Até agora, eu e mais um colega temos travado a realização das reuniões de avaliação.
Infelizmente, a maioria dos colegas acredita mais nas peças de teatro protagonizadas
por Mário Nogueira e já quer ir de férias.
Realmente, há que mudar o rumo dos acontecimentos. Podem contar com o meu apoio.
Américo Silva, Grupo 420 - Geografia; Agrupamento de Escolas Pinheiro e Rosa - Faro.