AS MINHAS CONVERSAS POR AÍ

terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

O CORSO

Apesar de alguma incerteza da meteorologia o Corso vai realizar-se. Não pode haver Carnaval sem o Corso, com chuva ou com frio que por cá o Carnaval não é tempo de calor embora os e as figurantes do Corso se apresentem corajosamente com "equipamento" de Verão.
O Corso tem andado em preparação de há muito e nos últimos dias parece ter atingido o auge da capacidade de animação das gentes que, com ou sem tolerância, não toleram não ver o Corso.
Para além bonecos gigantes que caricaturam o poder e as suas figuras na ilusão de que por uma vez, nos vingamos do seu poder as personagens e intervenientes no Corso são de uma variedade e riqueza que deixarão a concorrência internacional roída de inveja.
Podem encontrar malabaristas com números que fazem com que estes digam tudo o querem ouvir.
Temos ilusionistas que mostram realidade e truques que nos fazem duvidar dos nossos olhos. Temos pantomineiros que contam histórias e lengalengas que nos fazem rir ou chorar conforme a natureza.
Temos vendedores de banha da cobra que todos os problemas prometem resolver.
Temos gigantes que se acham omnipotentes e têm pés de barro e figuras pequeninas que usam andas para se tornar visíveis.
Temos inquisidores justiceiros e virgens ofendidas na sua falsa virtude.
Também entram os mascarados com a autoridade que não têm e os fingidores de um saber que não possuem.
Não faltam oráculos, adivinhadores do futuro e profetas da desgraça.
No meio do Corso não faltam bobos que ainda mais animação tentam promover.
Enfim, com ou sem Sol siga o Corso.
Entretanto, o povo que assiste já sente as mãos a doer.
Não, não é de aplaudir, é de as apertar. De inquietação. Amanhã acaba o Carnaval.

Nota - Registo de interesses já aqui estabelecido, não gosto do Carnaval.

Sem comentários:

Enviar um comentário