AS MINHAS CONVERSAS POR AÍ

quarta-feira, 22 de novembro de 2017

O TRABALHO COLABORATIVO

A OCDE divulgou o V volume de Relatórios construídos a partir dos resultados do PISA de 2015, “COLLABORATIVE PROBLEM SOLVING”.
O trabalho é extenso e com dados e análises que merecem leitura,quer no que respeita a Portugal quer na reflexão global e estratégica.
Num tempo em que já cansa ouvir falar de inovação e mudança em educação, parece oportuno recuperar algo que não é novo, a importância do trabalho cooperativo ou colaborativo entre os alunos.
No entanto e tal como se refere no Relatório o trabalho colaborativo entre alunos assenta em ambientes de escola colaborativos, em colaboração entre professores e envolvimento das famílias.
Na verdade o recurso a ambientes colaborativos de ensino, aprendizagem, desenvolvimento profissional e educação são ferramentas reconhecidas de promoção de qualidade nos processos educativos e com impactos muito para além dos resultados escolares.
A este propósito uma pequena história "um bocado" sem sentido e improvável.
Era uma vez uma Professora que andava com umas dúvidas sérias. Ela achava que os seus alunos trabalhavam melhor e sentiam-se também melhor quando, por períodos grandes, falavam nas aulas. Tinha lido umas coisas sobre estas matérias, organizava debates e muitos trabalhos realizados em grupo e com grandes discussões entre os alunos. Esta ideia não ia muito ao encontro da sua experiência de pequena e de muita da formação que lhe deram. Por outro lado, parte significativa dos seus colegas criticavam porque, diziam, fomentava maus hábitos nos alunos e levava a que os alunos deles lhes levantassem problemas porque queriam falar. Além disso, na comunicação social, apareciam uns opinantes a afirmar que, na escola, o trabalho dos meninos é ouvir o professor e estudar. É assim que se aprende, dizem essas pessoas. Tudo isto lhe causava dúvidas sobre o que estava fazer.
Um dia, na biblioteca, encontrou o Professor Velho, o que fala com os livros, e, em jeito de desabafo, comentou as suas inquietações e a dificuldade em explicar a ideia que acreditava ser certa. O Professor Velho riu-se e falou daquele modo baixinho, “Professora, que ouvimos nós da maioria dos pais quando percebem os seus filhos muito tempo quietos e calados?”. “Ó Velho não brinques. Os pais costumam dizer que ou estão doentes, ou estão a fazer asneira, ou já fizeram asneira”.
Pois é Professora, pergunta aos teus colegas se querem os alunos doentes ou a fazer asneira”.
Obrigada Velho, eu estou certa, vou falar com os alunos sobre isto”.

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