AS MINHAS CONVERSAS POR AÍ

sábado, 22 de abril de 2017

ESTAVA ESCRITO NAS ESTRELAS

Há poucos dias coloquei aqui um texto com o título “Como é que isto vai acabar?”. Era sobre o ambiente que se tem vindo a instalar em torno do futebol.
Escrevi, “Não será improvável, antes pelo contrário, que tenhamos um dia destes algum episódio mais grave fruto da irracionalidade e do ambiente de hostilidade e ódio instalados.”
Aconteceu esta noite. Não era difícil adivinhar que seria uma questão de tempo. Virão agora os (ir)responsáveis pelos clubes mostrar algumas lágrimas de crocodilo e produzir discursos que são ofensivos vindo de quem vêm.
A mediocridade da generalidade dos dirigentes produz discursos e comportamento que inflamam muitos dos apoiantes, apoiam e organizam as suas actividades. Servem-se deles para os jogos de poder e devem-lhes isso.
A comunicação social na guerra desregulada pelas audiências abriga um grupo imenso de “comentadores” que em inúmeros formatos alimentam a demagogia e a hostilidade sem nada acrescentarem a quem como eu e muitos outros temos uma paião pelo futebol. Eles não são o futebol, são uma escumalha, salvo honrosas pouquíssimas excepções que também se servem do futebol.
Não branqueio nem desculpo o comportamento dos adeptos, de alguns adeptos, longe disso. No entanto, esse comportamento radica noutras questões para lá do futebol que apenas serve de gatilho para a testagem dos limites em nome de um considerado deus maior, o clube, mas que na verdade é fruto do clima instalado pelos energúmenos que o dirigem e deles e do futebol se servem.
Malditos sejam.

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