Sem grande receio de me enganar acho que posso afirmar que
dificilmente algum de nós poderá afirmar que sempre cumpriu religiosamente com
todos os procedimentos, legais e éticos, em matéria de fiscalidade, nos pagamentos
devidos à administração, na própria relação com a administração nas suas várias
funções, etc. Dito de outra maneira, não exerceremos uma cidadania de santidade.
No entanto, também é importante não esquecer que, para o
melhor e para o pior, as figuras públicas e, sobretudo, as lideranças estão sob
um escrutínio bem mais apertado que o cidadão comum e, quase, anónimo.
Nesta perspectiva, é claro que eventuais irregularidades ou
manchas éticas na situação fiscal de um Presidente da República suscitam uma
atenção redobrada.
Acresce que com a arrogância que se lhe reconhece e que nem
sempre um ar discreto e sorumbático conseguia disfarçar, Cavaco Silva afirma em
2010, “Para serem mais honestos do que eu tinham que nascer duas vezes”.
Não, nascemos todos apenas uma vez e todos somos gente que se deixa
tentar. O que não fazemos todos é apregoar a nossa superioridade e santidade.
Mentir é feio. É verdade que pode ajudar a poupar ou a
ganhar uns dinheiros. É a vida.
Esperteza de pacóvio viciado no mais velho vício (fuga aos impostos) do país.
ResponderEliminarFoi Presidente da República durante uma década e nunca desconfiou que pagava uma ninharia de IMI pela riquíssima casinha de férias?!
TRETAS! TRETAS! TRETAS!
VIVA!