A Associação Nacional de
Directores de Agrupamentos e Escolas Públicas propõe que o ano lectivo no
ensino básico e secundário se organize, tal como o ensino superior, em semestres
em vez dos actuais três períodos.
Não tenho uma posição fechada e
fundamentada sobre as eventuais vantagens sendo certo que existem outros
sistemas em que se verifica o modelo semestral.
No entanto, creio que mesmo numa
organização em três períodos a situação que me suscita mais dúvidas é o
desequilíbrio que frequentemente se verifica na duração dos períodos.
Dado que a interrupção da Páscoa
marca o fim do 2º período e é uma data móvel as diferenças podem ser significativas.
Considerando o próximo ano
lectivo e de acordo com a Associação o primeiro período terá 67 dias de aula, o
segundo 54 e o terceiro 29 dias no caso dos alunos em anos de exame, 9º, 11º e
12º.
Parece claro que esta situação
não é a mais adequada.
Dada a tradição talvez não seja
fácil, mudar nunca é fácil, fazer com o que o calendário escolar não esteja
colado a festividades móveis.
Neste contexto, creio que vale a
pena reflectir nestas matérias, ouvindo a participação dos vários actores,
estudando experiências de outros sistemas e, eventualmente, de uma forma
tranquila, oportuna no tempo, repensar o calendário escolar.
Nesta reflexão deveria estar
incluída a discussão dos benefícios e eventuais efeitos negativos da criação de
uma “pausa” a meio do primeiro período modelo existente em vários países.
Amigo Zé,
ResponderEliminarPorquê trimestre ou semestre, no ensino superior ou no "inferior"? Não aprendemos 365 dias por ano, 24 horas por dia?
Por que razão existe "ano letivo"? A inteligência dos alunos para de funcionar em Junho, para voltar a funcionar em Setembro?
As igrejas e hospitais trabalham por trimestres, semestres, ou ficam de férias?
Por que razão, as aulas começam todas à mesma hora? Por que razão os alunos têm de merendar e fazer chichi ao mesmo tempo, no tempo de um intervalo? Por que razão (leia-se: fundamento científico-pedagógico, ou de bom senso) os professores não gozam as suas férias em Maio, ou em Outubro?
Abraço fraterno!
José
Olá Zé Pacheco, como bem sabes, os caminhos da escola (e não só) têm sido um caminho de normalização apesar da afirmada e reafirmada retórica da diferenciação, abraço
ResponderEliminar