O povo costuma dizer que o tempo
muda tudo. Embora nem sempre esteja de acordo com o povo, neste aspecto, creio
que existirá fundamento.
Em miúdo é teimoso, em graúdo
torna-se persistente.
Em miúdo é desconcentrado, em
graúdo torna-se alguém capaz de estar atento a tudo.
Em miúdo é hiperactivo, em graúdo
torna-se um recurso humano extremamente activo.
Em miúdo é ausente, em graúdo
torna-se um indivíduo contemplativo e de grande riqueza interior.
Em miúdo é mal-educado, em graúdo
torna-se irreverente.
Em miúdo é esperto, em graúdo
torna-se inteligente.
Em miúdo é “uma lesma”, em graúdo
torna-se um indivíduo imune ao stresse e resiliente.
Em miúdo é arrogante, em graúdo
torna-se assertivo e seguro.
Em miúdo é habilidoso, em graúdo
torna-se de grande competência social.
Em miúdo é descuidado na
aparência, em graúdo torna-se informal.
Em miúdo é o culpado por tudo, em
graúdo torna-se líder.
Em miúdo é esquisito, em graúdo
torna-se peculiar.
Acho que já chega para perceber
por que razão os miúdos, por vezes, querem crescer cada vez mais depressa.
Concordo com este apontamento. Muitas vezes percebo com professores, técnicos e pais a importância desta t perspectiva temporal que é necessário introduzir na leitura do aqui e do agora.
ResponderEliminarUm muito teimoso, de facto, pode tornar-se um adulto persistente. Ou uma miúda distraída e mimada numa agente de mudança social. Apenas é necessário que ao estabelecer uma relação de qualidade com o outro, o adulto, este lhe possibilite perceber o "lado bom" daquelas características ou dons.
Quando a teimosia se torna uma aliada da inteligência é um dom.
Quando a teimosia se torna refém da arrogância é uma menos-valia, na infância, na juventude, na idade adulta e na velhice.
Sim, claro, foi mais um exercício em tom leve que uma dissertação sobre os "efeitos da passagem do tempo"
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