AS MINHAS CONVERSAS POR AÍ

quarta-feira, 11 de maio de 2016

O ACORDO DO NOSSO DESCONTENTAMENTO

Voltemos ao Acordo do nosso descontentamento.
Enquanto for tempo de evitar este atropelo à Língua Portuguesa que o Acordo Ortográfico representa vale a pena insistir, importa que não nos resignemos. É uma questão de cidadania, de defesa da Cultura e da Língua Portuguesa.
Neste sentido, registo a iniciativa da Associação Nacional de Professores de Português e de outros cidadãos de intentar uma acção judicial popular contra a norma administrativa que determinou a aplicação do Acordo Ortográfico de 1990.
A iniciativa assenta em fundamentos de ilegalidade e inconstitucionalidade do processo de decisão que colocou em vigor esta “coisa”.
Entendo, evidentemente, que as línguas são estruturas vivas, em mutação, pelo que requerem ajustamentos, por exemplo, a introdução de palavras novas ou mudanças na grafia de outras, o que não me parece sustentação suficiente para o que o Acordo Ortográfico estabelece como norma.
O que vamos conhecendo com exemplos extraordinários é a transformação da Língua Portuguesa numa mixórdia abastardada.

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