Enquanto for tempo de evitar este
atropelo à Língua Portuguesa que o Acordo Ortográfico representa vale a pena
insistir, importa que não nos resignemos.
Neste sentido gostei de ler o
texto de Pacheco Pereira no Público “A reversão mais valiosa para o futuro: acabar com o Acordo Ortográfico”.
Entendo, evidentemente, que as
línguas são estruturas vivas, em mutação, pelo que requerem ajustamentos, por
exemplo, a introdução de palavras novas ou mudanças na grafia de outras, o que
não me parece sustentação suficiente para o que o Acordo Ortográfico estabelece
como norma.
O que vamos conhecendo com
exemplos extraordinários é a transformação da Língua Portuguesa numa mixórdia
abastardada.
Eu também gostei de ler.
ResponderEliminarMas olhe que a mixórdia só existe precisamente porque se procurou impor o Acordo Ortográfico, cientificamente incompetente e politicamente (ao contrário do que se diz) destrutivo.
Lembre-se que nas Nações Unidas, por exemplo, o AO não vai mudar as diferenças entre "Madrid" e "Madri", "República Checa" e "República Tcheca", ou "Moscovo" e "Moscou". É inútil, enquanto empurra os portugueses a mudarem a pronúncia, como foi o caso repetido de "adutar" e "adução" na pronúncia do Primeiro-Ministro António Costa, entre centenas de exemplos.
Na Sic Notícias, o outro dia, a pessoa portuguesa que assinou o AO como político, Pedro Santana Lopes, declarou que o AO "não é um dogma". Pena que não tenha sido honesto e dito que o AO está a ser imposto às crianças em idade escolar. Aí já é dogma há algum tempo, contra a vontade e a sensatez da grande maioria dos professores. Mas ele dá-se ao luxo de escrever como lhe apetece (dixit).
Não há nada, nada pior do que a ignorância.
O AO é, de facto, cientificamente mau, afirma a generalidade dos especialistas, e politicamente desastroso representando um atentado à Língua Portuguesa.
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