AS MINHAS CONVERSAS POR AÍ

sábado, 13 de fevereiro de 2016

E PORQUE NÃO AS ESCOLAS ABERTAS À NOITE?



A Confap, pela voz do seu presidente vê com bons olhos que os alunos passem mais tempo na escola. Nada de novo, em Junho de 2015 também defendeu a presença dos alunos na escola durante 11 meses.
Como tantas vezes afirmo tenho bem presente as dificuldades que muitas famílias sentem com a guarda das crianças em horário escolar, também passei por isso. No entanto, este problema não pode, não deve, atenuar-se prolongando não sei até que limite a permanência de crianças e adolescentes nas escolas.
As escolas, para além das dificuldades que são próprias ao seu trabalho não pode transformar-se numa “overdose” asfixiante para muitos miúdos e criar um clima pouco positivo de trabalho para todos profissionais que nela trabalham. Não vou retomar argumentos que repetidamente aqui tenho referido
Creio que a Confap andaria melhor se promovesse, dentro das suas competências, a discussão sobre a organização do trabalho, os horários e políticas de família, etc., para que as famílias, quando fosse possível evidentemente, pudessem ter alternativas de horários laborais que lhes permitissem mais disponibilidade para os filhos.
Seria também de explorar a possibilidade de recorrer a outros serviços e equipamentos das comunidades, desportivos ou culturais, por exemplo, que respondessem às necessidades de crianças e jovens e não mantê-los na escola, a resposta mais fácil mas com inconvenientes que me parecem claros. Aqui sim, parece-me importante o papel das autarquias.
Na mesma lógica da pretensão expressa pela Confap por que não avançar com a proposta de que as escolas estejam abertas, por exemplo, à sexta à noite de modo a permitir vida cultural ou social dos pais? Os alunos sempre aproveitavam para alguma revisão da matéria dada.
Sim, é anedótico e demagógico mas trata-se de sublinhar que, por um lado, a escola não pode ser a solução para todos os problemas das famílias, crianças e jovens e, por outro lado, nem sempre os interesses dos pais coincidem com os interesses dos filhos.

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