AS MINHAS CONVERSAS POR AÍ

domingo, 27 de dezembro de 2015

PELA NOSSA SAÚDE

A tragédia da morte de uma pessoa no Hospital de S. José nas circunstâncias conhecidas é apenas a ponta dramática e mediatizada do iceberg constituído pelos problemas que a generalidade dos utentes e funcionários do SNS sentem e reconhecem existir.
Sempre recordo Michael Marmot, reconhecido especialista em saúde pública, que há algum tempo esteve em Portugal e afirmou que todas as políticas podem, ou devem, ser avaliadas pelos seus impactos na área da saúde. Eu diria que também podem, ou devem, ser considerados os impactos em áreas como educação, apoios sociais ou justiça, áreas que, tal como a saúde são cruciais para a vida das pessoas, sobretudo das mais vulneráveis.
Talvez a ideia da austeridade “cega”, do "custe o que custar" fosse de repensar e assumir que se foi longe de mais. 
A ideia mil vezes repetida para que se tornasse uma verdade, TINA – There Is No Alternative, é falsa. Tratou-se, evidentemente, de uma opção política por obediência a um diktat que a ânsia de obediência da pequenez dos “bons alunos” ampliou até ao intolerável e com consequências devastadoras.

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