Apesar de longe mantém-se a inquietude.
À medida que vou lendo e ouvindo os discursos e comentários negativos e positivos à candidatura presidencial de Sampaio da Nóvoa mais tenho ficado convencido de que a generalidado dos seus conteúdos constitui a melhor justificação para a importância, sentido e oportunidade da sua candidatura.
À medida que vou lendo e ouvindo os discursos e comentários negativos e positivos à candidatura presidencial de Sampaio da Nóvoa mais tenho ficado convencido de que a generalidado dos seus conteúdos constitui a melhor justificação para a importância, sentido e oportunidade da sua candidatura.
Por outro lado, as posições que vamos conhecendo de Sampaio da Nóvoa sobre Portugal e os portugueses, os compromissos como lhes chamou, a visão das competências presidenciais, o discurso virado para pessoas e não para interesses de outra natureza constituem o seu maior desafio.
Este desafio será a resistência dos aparelhos e interesse dos partidos que podem estar, em princípio, na sua esfera de apoios, designadamente o PS.
A história mostra a fortíssima improbabilidade de candidaturas presidenciais sem o apoio expresso das máquinas partidárias que dominam a partidocracia instalada. As hesitações do PS, do seu Secretariado, das posições de alguns dos seus "aparelhistas", Sérgio Sousa Pinto e Francisco Assis, por exemplo, indiciam o que sempre me pareceu uma forte probabilidade, o PS, o chamado "centrão", também não lida bem com a independência e optará por um dos "seus". Tem medo de não controlar, discursos, decisões, comportamento e, no fundo, consciência.
No limite, o PS poderá, sem estranheza lamentavelmente, optar por "aceitar" uma candidatura da direita que seja "simpática" para o "centrão".
Como não duvido da genuinidade da afirmação de independência de Sampaio da Nóvoa e mesmo que como diz não hostilize os partidos, não pode e não deve pois são, evidentemente, essenciais à democracia, essa independência, apesar da riqueza e da liberdade que assume, será, no cenário político português, a sua maior "fraqueza", por assim dizer.
Sabemos que a democracia para além dos partidos, felizmente, mas décadas de vivência em Portugal mostram-nos com clareza como fora da tutela dos aparelhos partidários a vida cívica é fortemente condicionada, sobretudo à escala nacional.
Como tantas vezes ouvimos, em política não existem almoços grátis.
No entanto, será difícil, muito difícil, mas será possível.
A JUSTIÇA EM PORTUGAL
ResponderEliminarhttp://www.jn.pt/PaginaInicial/Justica/Interior.aspx?content_id=4719869
Caro José Morgado:
ResponderEliminarParabéns pela brilhante análise.
Estar fora, por vezes, ajuda a estar «ainda mais por dentro» da realidade.
Abr.
Manuel Henrique
Será que um dia alteramos essa realidade?
ResponderEliminarCaro José Morgado:
ResponderEliminarNão lhe sei responder.
Se cada um fizer a sua parte, talvez.
Abr.
Manuel Henrique