No meu tempo de aluno do ensino
básico tínhamos formas bastante mais tranquilas de andar aos tiros na escola quando a escola não nos interessava do que, por vezes, felizmente poucas, se
verifica hoje, jogávamos à batalha naval.
Provavelmente, se perguntarmos
aos miúdos de hoje se jogam à batalha naval perguntarão para que consola é o
jogo. É um sinal da mudança, nos também não sabíamos o que era uma Play Station
ou outras coisas que tais.
Uma vez, na aula de Matemática,
creio que do 5º ano, (actual 9º), eu e o meu amigo Sequeira tínhamos trocado a
realização de exercícios por uma animada batalha naval. Quer eu quer o meu amigo
Sequeira tínhamos com característica muito apreciada pelos nossos professores o
empenho e concentração que colocávamos, de uma forma geral, nas tarefas
escolares. Assim, nem demos pela aproximação da Setôra.
Chegou de mansinho e, de repente,
até me assustei, uma mão tira-me o papel do jogo e uma voz zangada, muito
zangada, disse “porta-aviões ao fundo” e sem mais dirige-se para o cesto dos
papéis onde afundou toda a armada, com mar e tudo. Logo naquele jogo que me
estava a correr tão bem.
Não sei se naquela altura já
tinham inventado a ideia de assertividade mas a de autoridade era já bem
conhecida, pelos professores que a tinham, naturalmente, como hoje, aliás.
Com aquela voz e aquele olhar na
memória, nunca mais me apeteceu jogar batalha naval nas aulas.
De Matemática, pelo menos.
De Matemática, pelo menos.
De facto, as coisas mudaram muito :) mas eu ainda joguei à batalha naval muitas vezes! Não nas aulas, que eu sempre fui exageradamente bem comportada :P
ResponderEliminarSe os nossos miúdos ainda jogassem à "Batalha Naval" seria um grande motivo de preocupação.
ResponderEliminarOs tempos mudam, há mais de 10 ou 15 anos que já não escrevo e envio uma carta para alguém.
Já não me lembro a última vez que desenhei (PROFISSIONALMENTE) com régua, lápis e esquadros, muito menos de ter usado um telefone fixo.
Nunca andei a cavalo, nem em carro de bois, nem fico com paixão disto!
Tenho é saudades do futuro, porque o passado, de tão velho, já está passado.
Olhe que nem tudo o que é novo é bom, nem tudo o que é velho é mau.O texto era apenas uma história sem traduzir nenhum juízo de valor sobre o que se passou ou o que virá.
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