Ao pesquisar por umas coisas
antigas deparei-me com este texto que coloquei no Atenta Inquietude em 13 de
Abril de 2009.
"SÃO ROSAS SENHOR ENGENHEIRO
Foi a resposta que a Dra. Maria de Lurdes Rodrigues deu ao Eng.
Sócrates quando quis disfarçar o pão que levava no regaço para as criancinhas
que passam mal e estão na escola.
A sério. Naquele jeito aprendido com o chefe da omnipotência milagrosa
que faz concorrência a Deus, a Senhora
Ministra vem garantir que as escolas resolvem todos os problemas de
carência alimentar que identificam. É certo que fala apenas dos problemas
identificados pelas escolas, mas como pode a Senhora Ministra dar este tipo de
garantias com um ar sério. Como a Senhora Ministra certamente saberá, as
escolas, da maneira que a Senhora Ministra tem definido as políticas
educativas, nem a educação de qualidade para todas as crianças conseguem
garantir apesar de todas as habilidades estatísticas e da certificação
acelerada, ainda hoje assumiu que não conseguiu fazer chegar os Magalhães a
todas crianças e garante resolver todos os problemas de carência alimentar. Por
muito menos, curar o efeito de um pingo de óleo quente no olho de uma senhora,
o Condestável passou a Santo.
Temos candidata a milagreira."
O resto, bom, o resto foi história.
Dado que vamos entrar em fim de
semana convido-vos a um passatempo, promover uma actualização das personagens
intervenientes e dos assuntos em apreço e tentar perceber como vão acontecendo
as coisas no universo da educação.
Pode ser curioso. Digam qualquer
coisa.
"e tentar perceber como vão acontecendo as coisas no universo da educação."
ResponderEliminarAté nós, que trabalhamos na escola, temos alguma dificuldade em entender. O Sr. Ministro desapareceu e anda por aí e acolá.Ao que parece o Sr ministro não governa, limita-se a assinar despachos e decretos e normas que os secretários adjuntos e os adjuntos dos secretários e mais os sub adjuntos dos adjuntos lhe dão para assinar.
Quem decide são estes e mais os IAVES/GAVES e outras coisas terminadas em AVES, em coros de AVÉS MARIAS.
Alunos e professores em completo burnout.
Explicar isto a quem está de fora é tarefa complicada. E, no entanto, todas as forças deviam estar a trabalhar nesse sentido - alertar para o que se passa.
"Mas, então," diz a srª doutora num qualquer consultório, "Vocês queixam-se muito. As aulas estão a acabar e têm tantas férias....."
Seguro as palavras que querem vomitar, lembro-me das "Palavras que nunca te direi", e em vez de impropérios que ficariam muito bem no contexto, , arremato: " Imagine-se com 30 alunos neste seu consultório, com idades entre os 10 e os 18 anos, um a um deitado na marquesa, de pernas abertas, para raparigas e de pénis de fora para rapazes....imagine a cena, as perguntas, as interrupções, os 90 sobre 90 minutos seguidos. Está a imaginar? Depois, salta do consultório público para o privado e para o semi-privado. Chega atrasada e não tem falta que lhe retiram férias e/ou vencimento. Já tem as férias marcadas num qualquer local exótico, certo?
Imagine só.
E depois vamos trocar umas palavras sobre o assunto."
Teria sido melhor um impropério daqueles fortes. Mas, sei lá, fizeram-me educada.
Com Lurdes Rodrigues caímos no abismo; com Nuno Crato não saímos dele.
ResponderEliminarVão ficar na história da educação como os mais indigentes ministros da dita.
O mais grave é que o programa do PS para a educação é um não programa. O arco da governação sempre se entendeu muito bem nesta área - uns com muita ADs e inclusões várias; outros com muitos exames e inclusões várias no privado.