AS MINHAS CONVERSAS POR AÍ

quinta-feira, 30 de abril de 2015

DA AVALIAÇÃO EXTERNA DAS ESCOLAS

Sem ter realizado uma análise mais profunda ao Relatório e de forma sintética pode afirmar-se que os resultados dos alunos são o elo mais fraco e a liderança e gestão de agrupamentos e escolas a maior virtude, dito de outra forma, os alunos é que atrapalham, de resto, apesar de alguns problemas com "os serviços de refeitório e bufete" a coisa está bastante bem.
Por domínios de avaliação, no Resultados dos Alunos 68,1% das apreciações são Muito Bom e Bom, 31.2% Suficiente e 0.7% Insuficiente. Na Prestação de Serviços Educativos, 77.1% de apreciações Bom e Muito Bom e 22.9% de Suficiente e em Liderança e Gestão 79.9% de avaliações Bom e Muito Bom e 20.1% Suficiente.
Destacaria ainda que as mais numerosas referências como pontos fortes são itens como Liderança, Práticas de ensino e como segundo com mais referências como ponto fraco os Resultados escolares.
Parece-me ainda interessante que o pessoal docente e o pessoal não docente revelam grande satisfação com a direcção e a gestão da escola.
Os dados, na linha de resultados anteriores, suscitam algumas notas.
Em primeiro lugar a constatação óbvia e envolvida em todos muitos dos itens avaliados que a presença e o funcionamento dos alunos é que atrapalha. Não fora isso e os resultados seriam ainda bem mais elevados.
Uma outra nota para referir que este retrato, por assim dizer, me parece transmitir uma visão algo enviesada das escolas e agrupamentos mas esta apreciação genérica tem o evidente risco de ser de alguém que, apesar de procurar acompanhar o que se passa nos contextos educativos, não deixa de estar de fora.
No entanto, conheço os processos e metodologias da avaliação externa e, provavelmente, radica aí alguma da minha reserva que, pode ser, repito, desajustada.
Na minha perspectiva, os resultados escolares dos alunos, os níveis de retenção, os problemas de comportamento recorrentes, o clima de funcionamento das escolas, problemas com recursos, instalações e dispositivos de apoio a alunos e professores, o número de alunos por turma, práticas de gestão e direcção conhecidas e frequentemente reportadas, por exemplo, nas redes sociais, o baixo envolvimento dos pais na relação com a escola, etc., etc., sugerem uma realidade um pouco diferente da indiciada por estes resultados.
Proponho que as pessoas que por aqui passarem e estão ligadas a contextos escolares digam alguma coisa sobre a sua realidade e a visão sugerida nesta avaliação externa.

2 comentários:

  1. Estranho, por exemplo, que em alguns Agrupamentos onde os resultados são muito abaixo da média nacional, com vários casos de indisciplina, com alguns departamentos que não se sentem apoiados pela direção, nem envolvidos na vida do Agrupamento, a Liderança tenha a classificação de BOM. Não sei como um líder é Bom, quando tudo, no seu Agrupamento é classificado pela inspeção como Suficiente.

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  2. Do que vou conhecendo surgem mais estranhezas.

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