AS MINHAS CONVERSAS POR AÍ

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

UMA HISTÓRIA ASSIM UM BOCADO ESTÚPIDA

Era uma vez uma Menina. Nasceu numa família muito pobrezinha mas muito honrada e trabalhadora, era a mais velha de cinco irmãos de quem gostava muito e ajudava no que podia.
Andou na escola só o suficiente para fazer a escolaridade obrigatória e aos 16 anos, sem mesmo querer ir para o Programa Novas Oportunidades nem receber um computador, arranjou um emprego numa loja de um Centro Comercial para, com o pouco que ganhava e o tanto que trabalhava, ajudar os pais a criar os irmãos que graças à sua ajuda foram estudando porque, além de estudantes aplicados, eram muito espertinhos, estavam numa turma de meninos bons.
O Pai da Menina adoeceu e ficou tanto tempo numa lista de espera que acabou por deixar de trabalhar sem ter conseguido a operação, embora ainda tenha escrito ao Sr. Goucha da TVI e ao Sr. Fernando Mendes da RTP1 para ver se tinha alguma ajuda para ir a Cuba. Acabou por partir numa noite fria.
A Menina, agora já quase mulher e muito bonita, ficou ainda mais sobrecarregada para ajudar a Mãe a dar uma boa educação aos seus irmãozinhos que lhes permitisse ser alguém na vida. É muito importante ser alguém na vida. Chegou a estar tão desesperada que pensou em vender o seu corpo, o que de mais precioso tinha. Esta ideia atormentava-a e consumiu-lhe noites e noites de lágrimas no pequeno divã do canto da marquise em que já mal cabia, sempre em silêncio para não perturbar os irmãos.
Um dia, entrou na loja onde a Menina, agora jovem mulher e mais bonita, trabalhava da abertura ao encerramento, um Rapaz, também ele muito bonito. Foi, por assim dizer, tiro e queda, ao olhar para a Menina o Rapaz pensou, é Ela.
O Rapaz era oriundo de uma família muito rica e apaixonou-se na hora, perdidamente. A Menina, primeiro de forma muito tímida, sabem que os pobrezinhos são desconfiados, depois mais à vontade e no fim docemente, viu naquele Rapaz o príncipe encantado que aguardava.
O Rapaz começou a levar a Menina, os irmãos e a Mãe a sua casa que, deve dizer-se impressionou a menina e a família, tal a sua dimensão.
A família do Rapaz ficou cativada com a doçura e simplicidade da Menina e da família que sendo pobrezinha parecia honrada e aceitaram o casamento que passado pouco tempo se realizou com uma festa muito bonita.
Foram todos viver para um condomínio fechado, o Rapaz e a Menina tiveram três filhos e foram felizes para sempre.


PS – A história é assim um bocado estúpida mas é só para não falar de José Sócrates

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