AS MINHAS CONVERSAS POR AÍ

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

MAIS CONTABILIDADE CRIATIVA NA EDUCAÇÃO. SERÁ?

"Primeiro período pode valer menos na nota

 final devido aos atrasos nas colocações"

Ao que parece, diz o DN, está em consideração a hipótese de que as avaliações do 1º período possam ter menos peso na nota final devido à castrófica colocação de professores que deixou milhares de alunos sem aulas mais de metade do período.
Apesar da questão mais complicada remeter para o impacto que este atraso pode ter nos alunos que frequentam anos de escolaridade com exame final, esta fórmula, a concretizar-se, não deixa de ser mais um exemplo de contabilidade criativa a que o MEC nos tem habituado.

2 comentários:

  1. Mas afinal o que está em causa são as aprendizagens ou a avaliação dos alunos?
    E as aprendizagens não efectuadas não terão repercussões nos anos subsequentes a frequentar por estes alunos?
    Esta medida é uma anedota, pois toda a gente sabe que o professor só deve avaliar o que ensina, logo o aluno a quem foi ensinado pouco no 1º período só é avaliado sobre o pouco que lhe foi ensinado, podendo até sair beneficiado em termos de avaliação. O grande prejuízo para o aluno é não lhe ter sido ensinado tudo o que era suposto sê-lo e a que tinha direito, ficando o aluno deficitário de conhecimentos por motivos alheios. E era para isto ser minimizado que a tutela ia adoptar medidas, se bem que ninguém vislumbrava ao certo que medidas chegariam para remediar tamanho atraso!

    Sou professora de Português e estou a leccionar um ano com prova final de avaliação externa, o 9.º ano.
    Quando, finalmente, foram colocados todos os professores nas escolas, segundo divulgação nos órgãos de comunicação social, os meus próprios alunos comentaram comigo que já tínhamos dado tanta matéria, lido tantos textos... como conseguiriam aqueles professores e alunos das escolas afectadas recuperar esse tempo perdido?! De facto, tinham razão. E eu tenho andado devagar, porque tenho alunos com muitas dificuldades, em turmas muito heterogéneas.

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  2. Um barco à deriva que mal serve boa parte dos viajantes, os miúdos.

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