A PROVA NO SAPATINHO

"Não chegam a três mil os professores inscritos para realizar prova de avaliação"

A generosidade do MEC e a admiração particular que Nuno Crato nutre pela "profissão mais bonita do mundo", a de professor, têm novo exemplo que nos apraz registar.

Numa espécie de Natal antecipado, o MEC oferece a 19 de Dezembro uma Prova, uma sinistra Prova que supostamente deveria avaliar Connhecimentos e Capacidades a mais uns milhares de professores que muitos deles já leccionam e até já foram avaliados.

Como Nuno Crato sabe, evidentemente, as Capacidades e Conhecimentos para se ser professor não podem, não devem,  ser avaliadas com uma prova curta e sem recorrer ao trabalho em sala de aula, o palco dos sonhos de qualquer candidato e professor e onde se realiza o trabalho.

Assim, teimoso e incompetente, insiste na realização, prevista numa lei de que não foi responsável mas a que se agarra firmemente para ter pretexto de retirar professores das estatísticas do desemprego, de uma coisa aberrante que consiste, a ver pelas anteriores, num conjunto de charadas lógicas e numa redação. 

É um presente aos professores, um presente envenenado.

Recordar-se-ão o alarido causado pelos erros de português que os analfabetos dos professores deram na edição anterior da sinistra Prova. Caíram do céu esses erros e desviaram atenções.

Cuidado, pois, com esta nova prenda. atenção aos erros senhores professores contratados, tomem muita atenção ao escrever, releiam cuidadosamente no fim para verificar se tudo está bem. Ah, não se esqueçam senhores professores contratados, se tiverem alguma dúvida coloquem-na com todo o respeito aos Professores Vigilantes, estão lá para vos ajudar.

Não copiem e não falem com o colega do lado, deixem-se de relvices.  

Levem consigo para a sala do exame apenas o essencial, como já são crescidos podem estar descansados não vos será pedido que assinem um compromisso de honra em como não têm consigo ou não usarão telemóvel.

É tão mau tudo isto que não se consegue falar seriamente desta coisa.

Desculpem.

PS - Não esqueçam que devem escrever conforme determina outra sinistra iniciativa, o Acordo Ortográfico.