O léxico do politquês é de uma
riqueza e diversidade sem limites e está em permanente evolução.
Ao que parece, o PS queixa-se de
que o depoimento de Paulo Portas no âmbito do filme policial "O estranho
caso dos submarinos" contém elementos "indiciariamente inverdadeiros".
E esta? Como diria o saudoso Fernando Peça. Que pérola!
Aliás, a qualidade deste enunciado
está em consonância com outros momentos brilhantes como a "incorrecção factual"
com que Rui Machete quis branquear as suas relações com a SLN/BPN ou a
"conjecturável ambiguidade" que Nuno Crato viu na leitura de uma
afirmação sua, tão clara quanto leviana, sobre a qualidade do trabalho das
escolas de formação de professores.
Como Chefe de equipa Passos
Coelho não pode ficar arredado da contribuição para o brilho do léxico do
politiquês e numa entrevista à SIC em Abril afirmou querer poupar aos telespectadores
uma "maçadoria". Nem mais, já basta de maçadorias.
Tudo isto acabou por estimular a
criatividade genial da segunda figura do Estado, a Presidente da Assembleia da
República, que num discurso histórico se sentiu a entrar num "estado
frustacional" devido a um "inconseguimento" o que na verdade é
uma "maçadoria".
Socorro, tirem-nos deste filme.
Malabarices linguísticas, é o que é! :-)
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