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sábado, 13 de setembro de 2014

ORIENTAÇÕES POLÍTICAS "INFORMAIS"

"Serviços recebem indicações para cortarem 12% dos funcionários públicos em 2015"

A capacidade deste Governo para gerar perplexidade é notável.
Ao que parece, terá feito chegar aos serviços da administração de forma “totalmente informal” a orientação para que na preparação do orçamento para 2015 seja previsto um corte de 12% no pessoal.
Segundo o Público, o Ministério das Finanças nega a “orientação” mas vários dirigentes confirmam a sua existência e mostram-se apreensivos com os efeitos.
Esta política do corte a “metro” mostra competência e a capacidade de planeamento sustentado de boa parte das políticas. Neste caso surge a “informalidade” da orientação que, assim, pode ser negada. Gente manhosa e sem escrúpulos políticos ou éticos.
Aplicam-se percentagens, indicadores, rácios, etc. de forma cega e administrativa e sem acautelar especificidades ou contextos. É assim na educação, no encerramento de escolas ou na gestão do número de professores através das “orientações” centralistas para a constituição de turmas, é assim na saúde, na segurança social, etc.
Neste caso, alguns dirigentes exprimem a preocupação com o impacto do corte de 12% das pessoas em serviços onde se verifica falta de recursos.
Qual falta de recursos, qual quê, corta-se 12% das pessoas que ainda estão e mais nada.
E a qualidade do serviço?
Ainda vai ficar melhor, vão dizer-nos. Recordemos que Nuno Crato entende que as universidades estão a funcionar melhor depois de terem sofrido cortes orçamentais muito significativos.

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