"Pais lançam petição para aumentar número de funcionários nas escolas"
Grupos de pais desencadearam a
apresentação de uma petição no sentido de que sejam revistos os rácios que
determinam o número de auxiliares de educação, agora assistentes operacionais, nas escolas e agrupamentos.
De há uns anos para cá é
recorrente a referência à insuficiência deste grupo profissional nas diferentes
comunidades educativas.
Acontece ainda que ao início de
cada ano lectivo as necessidades elaboradas de acordo com rácio já desajustados
face às mudanças na organização dos sistema são colmatadas através do recurso a
desempregados inscritos nos Centros de Emprego. No entanto, ao fim de cada ano
estas pessoas vão embora e não podem voltar a trabalhar no ano seguinte no
local em que estiveram. Também para esta medida que afecta a continuidade e estabilidade
do trabalho é solicitada revisão.
Algumas notas sobre o papel dos
auxiliares de educação considerando, sobretudo, o seu importante papel
educativo para além das funções de outra natureza que também desempenham. No caso mais particular
de alguns alunos com necessidades educativas especiais os auxiliares serão
mesmo uma figura central no seu bem estar educativo.
A excessiva concentração de
alunos em centros educativos ou escolas de maiores dimensões não têm sido
acompanhadas por ajustamento proporcional do número de auxiliares de educação.
Aliás, é justamente, também por isto, poupança nos recursos humanos, que a
reorganização da rede, ainda que necessária, tem sido feita com sobressaltos e com a criação de problemas.
Na verdade, os auxiliares educativos cumprem
um papel fundamental, nem sempre valorizado, nas comunidades educativas e por
várias razões.
São quase sempre elementos da
comunidade próxima das escolas o que lhes permite o desempenho informal de
mediação entre famílias e escola, terem uma informação que pode ser útil nos
processo educativos e uma proximidade com os alunos que pode ser capitalizada
importando que a sua acção seja orientada, tenha alguma formação e que se
sintam úteis, valorizados e respeitados.
Os estudos mostram também que é nos
recreios e noutros espaços fora da sala de aula que se regista um número muito
significativo de episódios de bullying e de outros comportamentos socialmente
desadequados. Neste contexto, a existência de recursos suficientes para que a
supervisão e vigilância destes espaços seja presente e eficaz. Recordo que com
muita frequência temos a coexistir nos mesmos espaços educativos alunos com
idades bem diferentes o que pode constituir um factor de risco que a
proximidade de auxiliares de educação minimizará.
Considerando tudo isto parece
muito pertinente e um contributo para a qualidade dos processos educativos a
presença em número suficiente de auxiliares de educação que se mantenham nas
escolas com estabilidade e que sejam orientados e valorizados na sua importante
acção educativa.
Boa tarde, quase todos os anos as escolas abrem concurso para auxiliares de educação regime par-time (porque estão impedidas de contratar a tempo inteiro) 4 horas/dia a 2.5 ou 2.8 euros/hora e finalizando o ano lectivo vão embora.
ResponderEliminarPs:e assim se engana as estatisticas do desemprego, são efectuados 2 contratos de trabalho!
isto não contando com os contratos emprego-inserção!
ResponderEliminarSem dúvida. Foi também dessas "habilidades" que falei no texto sobre os números do desemprego que com essas e outras manhas são martelados e não correspondem a criação efectiva de emprego.
ResponderEliminarÉ claro que não. Não é bom para ninguém
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