"Alunos portugueses vão ter mandarim nos programas do 3.º ciclo e secundário"
O Ministro da Examinação, Nuno Crato integrado na visita de
Cavaco Silva à China anunciou “Há uma grande notícia”. Aguçaram-se os espíritos
face a uma grande notícia saída da 5 de Outubro e … “o ensino do mandarim vai integrar de forma opcional os currículos do 3º
ciclo e do ensino secundário”. Está certo, depois da deriva do ensino de
Inglês no 1º ciclo surge o Mandarim no 3º ciclo e secundário.
A alguns menos avisados e até a alguns conservadores maledicentes
que entendem que os problemas em matéria de currículo no sistema educativo
português são bastante mais importantes e urgentes que o ensino do mandarim, a “grande
notícia” pode levá-los a pensar, mais uma vez, “a montanha pariu um ©rato”.
Estão errados, a decisão é, como sempre, genial.
Como sabem, o ensino do mandarim em Portugal está em alta,
existe já uma oferta significativa para crianças, sobretudo no ensino
particular, sempre muito atento ao mercado. Aliás, alguns pais ouvidos em
trabalhos da imprensa, referem o impacto e importância futura que pode ter para
as criancinhas o ensino do mandarim. O programa de privatizações que tem vindo
a ser seguido autoriza esta ideia e consta que Eduardo Catroga, António Mexia e
mais uns quantos também frequentam as aulas de mandarim.
Neste movimento de aproximação ao mandarim deve destacar-se o
esforço visionário da autarquia de 聖約翰木 (S. João da
Madeira), que já há algum tempo proporciona o ensino do mandarim em todas as
escolas do 1º ciclo e tem como objectivo estender o seu ensino até ao 12º ano. Enquanto o Ministro Nuno Crato tem andado à deriva com o ensino do inglês,
S. João da Madeira, deu um passo em frente e para além do inglês oferece o
mandarim. Justifica a decisão como uma forma de antecipar futuros contactos
comerciais com "o maior mercado da humanidade".
Há uns tempos quando li a notícia e considerando que não
conseguimos ainda chegar a todos os alunos do 1º ciclo com uma segunda língua
que, gostemos ou não, seria o inglês, a aposta tão forte no mandarim deixou-me
um pouco perplexo.
No entanto, quando pensei melhor, é sempre tempo, comecei a
perceber o alcance e a visão de decisões desta envergadura. De facto, um
concelho em que todos saibam 普通話 (mandarim) é um concelho a
entrar no futuro, um exemplo de antecipação do progresso, um concelho em
privilegiadíssima posição negocial. Esqueçam a importância do inglês, do
francês ou do alemão, são ferramentas antiquadas e inúteis. O nosso futuro
passa pelo "maior mercado da humanidade", a ida de milhares de
portugueses para a China e a vinda de milhões de chineses para Portugal, num
tráfego infernal de charters, genialmente antecipada por Paulo Futre, exige que
depois do português, ou mesmo em vez de, todos nós dominemos o普通話 (mandarim).
Acresce que, como é sabido, a nossa generosa oferta de vistos Gold é muito
significativamente aproveitada por cidadãos chineses que carregados de dinheiro
chegam a Portugal e não têm com quem falar a não ser com os seus compatriotas de
lojas e restaurantes. Não pode ser, nós portugueses temos de falar mandarim
para que possamos receber os generosos cidadãos chineses que vêm realizar os
seus investimentos em Portugal bem como os empresários chineses que vão comprando as nossas empresas
Os autarcas de S. João da Madeira (聖約翰木) e o Ministro da Educação (教育部长) mostram como visão e
audácia são o caminho para o futuro.
PS –Para o que der e vier ... 我也正在學習 (Também
já estou a aprender) - Com o auxílio do tradutor do Google
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ResponderEliminar(trad: eu fui obrigado a aprender linguagem Cobol e para quê? Fico chateado, claro que ico chateado)
Também está certo
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