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sexta-feira, 9 de maio de 2014

O CALENDÁRIO ESCOLAR

"Aulas começam na terceira semana de Setembro"

A divulgação com antecedência do calendário escolar, incluindo a datas inerentes ao calendário de exames é uma ferramenta importante de informação e planeamento, embora a sua rigidez não seja particularmente compatível com a tão afirmada autonomia de escolas e agrupamentos.
A propósito do que agora foi conhecido algumas notas.
A primeira remete para um problema recorrente, a colagem do calendário escolar aos feriados móveis que leva a que, mais uma vez, se verifique uma assimetria importante entre a duração do segundo período e a do terceiro período devido à data em que se comemora a Páscoa.
Dadas as características do trabalho realizado em cada um, sendo que no terceiro é significativamente contaminado pela preparação para os exames, seria desejável que a duração fosse mais equilibrada. Acresce que com a criação das centenas de descritores das metas curriculares excessivas e burocratizadas, o trabalho de professores e aluno não é facilmente acomodável, sobretudo no terceiro período e em particular nos anos em que se realizam exames, sendo que no 4º e no 6º ano os exames se realizam durante o período (com inconvenientes de ordem variada), embora os alunos do 1º ciclo tenham mais 4 dias úteis de aulas. Boa parte do pouco tempo do terceiro período é destinada à preparação para exames. A experiência do ano anterior e o calendário deste ano sustentam a pertinência destas reservas.
Esta situação é ainda mais importante considerando a decisão do MEC de criar um “Novas Oportunidades” para os alunos que chumbem nos primeiros exames do 4º e do 6º o que obriga a que esses exames se realizem mais cedo, com consequências óbvias no tipo de trabalho feito nas aulas, a obsessiva preparação para os exames.
Finalmente, desejo que o esfoço de planeamento do ano lectivo se estenda à colocação e gestão dos professores e funcionários para minimizar o caos e a deriva a que se assistiu este ano, quer no que respeita ao chamado “ensino regular”, quer na designada “educação especial".
A realidade que se viveu e vive nas escolas desmentiu, desmente, veementemente, a repetida afirmação de normalidade proferida pela equipa da 5 de Outubro.

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