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terça-feira, 1 de abril de 2014

PROFESSORES E ALUNOS VÃO FAZENDO A SUA PARTE. E O MEC?

"Para além de Portugal, também a Áustria, a Noruega, a Irlanda, e a Dinamarca estão de acordo com a média da OCDE. A liderar as tabelas no quinto volume do relatório PISA, divulgado nesta terça-feira, surgem os países asiáticos."


Um novo volume relativo ao Relatório PISA 2012 hoje conhecido, Resolução Criativa de Problemas: As competências dos alunos para lidarem com os problemas da vida real, mostra que Portugal integra um grupo de países como a Áustria, a Noruega, a Irlanda, e a Dinamarca cujos alunos obtêm resultados de nível médio sendo que, sem surpresa, os países asiáticos obtêm os melhores resultados.
Apesar do muito que está por fazer, verifica-se ainda uma forte correlação entre os resultados dos alunos e o nível escolar dos pais, por exemplo, estes resultados, em linha com os de outros aspectos avaliados, elucidam o trajecto de melhoria significativa que se verificou no sistema educativo português e que contraria teses catastrofistas caras a figuras como Nuno Crato e outros opinadores
No entanto, como já tenho referido, existem alguns aspectos recentes da PEC - Política Educativa em Curso que receio que possam comprometer este trajecto.
De entre estes aspectos destaco as mudanças nos Programas, por exemplo no de Matemática, que segundo alguns especialistas representam retrocesso e são inadequadas, o aumento do número de alunos por turma, uma variável que num sistema educativo com as características do nosso tem uma relação importante com os resultados escolares, o clima vivido pelas escolas de instabilidade e deriva com decisões avulsas e continuamente revistas e finalmente a preocupação com as dificuldades que as escolas atravessam na criação de dispositivos de apoio eficazes ao trabalho de alunos e professores.
Por outro lado, como também a OCDE tem sublinhado, devem ser considerados os riscos de um modelo de avaliação excessivamente centrado em resultados e na medida, nos exames, o que podendo potenciar resultados elevados poderá, por outro lado, aumentar assimetrias e desigualdades.
Quero apesar de tudo manter-me optimista e acreditar que o trabalho de alunos e professores poderá resistir até a muito do que o Ministério da Examinação decide.

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