AS MINHAS CONVERSAS POR AÍ

sexta-feira, 14 de março de 2014

MAS AS CRIANÇAS SENHORES, PORQUE LHES DAIS TANTAS DORES?

Sem estranheza, o bem estar e os direitos dos miúdos para muito boa gente não passam de retórica para enfeitar discursos, a proposta relativa à co-adopção de crianças por parte de casais homossexuais foi chumbada na Assembleia da República. Na verdade, o que foi chumbado foi o direito de protecção, bem estar e família de que as crianças, todas as crianças, deveriam gozar. Este direito, é, evidentemente, uma irrelevância quando comparado com o preconceito e a discriminação em nome de uma "normalidade" indefinida e insustentável que alguns tentam mascarar de ciência e preocupação com as crianças.
Desculpem a insistência, mas como ontem escrevia, o que faz com toda a certeza mal às crianças, é serem maltratadas e os maus tratos não decorrem do tipo de famílias, mas da competência humana e educativa, por assim dizer, de quem delas cuida, pais, mães ou educadores. Quando as crianças são bem tratadas e crescem com adultos que gostam delas, as protegem e as ajudam a crescer, elas encontram caminhos para lidar com dois pais ou com duas mães.
Insisto, o que as crianças quase sempre não sabem como resolver é quando têm por perto adultos, heterossexuais ou homossexuais, que não gostam delas, que as maltratam, negligenciam, abandonam, etc. Isso é que faz mal às crianças.
O resto é uma discussão não conclusiva, assente em valores de que não discuto a legitimidade, mas que não podem ser confundidos com um discurso de defesa das crianças de males que estão por provar.
Parece bem mais importante defendê-las dos males comprovados e que todos os dias desfilam aos nossos olhos.

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