A roda livre de impunidade e incumprimento dos mais
elementares princípios éticos quando não da lei, produziu nas últimas décadas
uma verdadeira família que, à sombra dos aparelhos partidários e através de
percursos políticos, se movimentam num tráfego intenso entre entidades e
empresas públicas e entidades privadas, envolvendo-se
frequentemente em negócios que insultam os cidadãos.
Esta família alargada envolve gente de vários quadrantes
sociais e políticos com uma característica comum, os negócios obscuros,
e tem membros destacados como Oliveira e Costa, Jardim Gonçalves, Dias
Loureiro, Duarte Lima, Isaltino Morais, Penedos, Vara e tantas outras faces mais
ou menos ocultas, mais ou menos mediatizadas, mais ou menos discretas na função
ou no comportamento.
Acontece ainda e isto tem efeitos devastadores, que muitos
dos negócios que esta família vai realizando, envolvendo com frequência
dinheiros públicos e com pesados encargos para os contribuintes.
Entretanto, do outro lado desta família que se protege e
apoia, com a cooperação estratégica de um sistema de justiça forte com os fracos e
fraca com os fortes, temos milhões de portugueses em situações de pobreza e
exclusão e a esmagadora maioria da população esmagada por políticas de
austeridade que sacrificam a dignidade e ameaçam a sobrevivência.
Todos os membros desta família, quando
questionados sobre os seus negócios ou envolvimento em algo, afirmam,
invariavelmente que tudo é feito tudo dentro da lei, nada de incorrecto e,
portanto, estão sempre de consciência tranquila.
Alguém poderia explicar a esta gente que, primeiro, não
somos parvos e, segundo, o que quer dizer consciência.
Esta é a pantanosa pátria, nossa amada.
Assim…
ResponderEliminarhttp://www.publico.pt/politica/noticia/exonerados-consultores-de-cavaco-que-assinaram-manifesto-pela-reestruturacao-da-divida-1628051#/0
Melhor se percebe o significado político da nomeação, pelo Senhor Presidente da República, da Senhora Presidente do Instituto Politécnico de Santarém para a Comissão de Honra das Comemorações do dia 10 de Junho de 2009 na Cidade de Santarém.
Após, a celebração do aniversário de uma Escola, integrada no Instituto Politécnico de Santarém, com um cruzeiro na barragem do Castelo do Bode, com almoço a bordo e transferes em autocarro ao cais de embarque, para docentes, funcionários e convidados, noticiada pelo jornal “O Mirante”, na sua edição de 18.12.2008, pág. 33, em artigo intitulado “Aniversário da Escola de Gestão celebrado em tom de discórdia”, e pelo Diário de Notícias, na sua edição de 19.12.2008, pág.13, em artigo intitulado “Um passeio à conta dos contribuintes”.
Ademais, conforme noticiado, a Senhora Presidente do Instituto Politécnico também desfrutou deste cruzeiro idílico…
Convirá recuperar as afirmações do representante dos alunos do Instituto Politécnico de Santarém, na cerimónia de abertura do ano lectivo realizada em Outubro de 2010. Por essas (afirmações), somos levados a um universo impensável de férias não gozadas que se traduzem em rendimento; ou explicado de outro modo, nos lautos rendimentos que auferiram Professores aquando da sua reforma pelos dias de férias não gozados acumulados ao longo dos anos em que exerceram funções dirigentes.
http://videos.sapo.ao/dYgrN75qdYhQMMgy07Jg
Bem como, a notícia do jornal O Mirante”, de 19.12.2013, da renumeração acrescida de 29 docentes, em regime de exclusividade, da mesma Escola do Instituto Politécnico de Santarém, no montante de cerca de 765.000 Euros…
http://semanal.omirante.pt/index.asp?idEdicao=631&id=96675&idSeccao=11007&Action=noticia
Os bois têm que ser chamados pelos nomes!
ResponderEliminarFamílias Americanas
" Russas
" Sicilíanas
" Yakuzas
" Tríades
E agora...FAMÍLIAS LUSAS!
VIVA!
Caro “não sei quem sou…”
ResponderEliminarConsiderar que o ensombramento do país reside nas famílias Lusas talvez seja excessivo…
Fosse o problema de famílias e teria solução fácil.
Parece-me que a raiz da questão terá de preceder o aparecimento dessas famílias prósperas, mas de origem recente…
Obviamente que tais interesses não prosperam propiamente no cumprimento da lei, isso hoje parece ser claro.
Ontem, como hoje, a separação de poderes é ténue. Aliás, ontem, como hoje, o poder executivo, condiciona o poder judicial.
Quem não se recorda do voluntarismo do chefe do executivo que clamava “deixem -nos trabalhar”, e que vociferava contra as “forças de bloqueio” …
Todavia, se isto alguma coisa pode explicar do enviesamento do funcionamento das instituições, não explica tudo.
Se bem que, não deixe de ser muito curioso que a linha de defesa dos cidadãos contra o atropelamento da lei resida hoje no Tribunal Constitucional.
Tomando como mero exemplo, as recentes palavras duras do anterior Procurador-Geral da República relativamente à realidade das populações do interior do país, parece-me que genericamente a debilidade nacional reside num maior vigor nosso, colectivo, para o exercício de funções quando não se está no seu exercício.