AS MINHAS CONVERSAS POR AÍ

sábado, 22 de fevereiro de 2014

ESPERA

Hoje de manhã, com um dia de Sol bonito cá pelo Meu Alentejo, passei pelo lagar para saber se já estavam a entregar o azeite deste ano, embora ainda tenha algum.
Estranhei a quantidade da gente que estava no Lagar. Dirigi-me a uns companheiros e fiquei a saber que tal ajuntamento se devia ao facto de ser o primeiro dia da entrega de azeite.
Como é sabido, com mais do que um alentejano juntos há sempre um tempo para algumas lérias.
O tema foi a espera. A coisa começou porque um companheiro disse que esperamos que a azeitona seja boa, esperamos que não caia, esperamos para a entregar e, finalmente, esperamos ainda para levar o azeite.
Toda a gente concordou que passamos boa parte da nossa vida à espera de alguma coisa.
As lérias esmoreceram quando um Companheiro afirmou, "E sabem que mais? Quase sempre quando não estamos à espera ... vamos indo".
Foi na altura que voltei para o Monte, tinha à minha espera  e do Mestre Marrafa umas couves e umas alfaces para pôr na terra, uma enorme quantidade de erva à minha espera para ser cortada. Em vindo uns dias de Sol e com  a terra carregada de água como anda, é ver a erva crescer.
É verdade, as batatas já estão greladas e também estão à espera de irem para a terra.
Sempre a espera.

Sem comentários:

Enviar um comentário