AS MINHAS CONVERSAS POR AÍ

domingo, 5 de janeiro de 2014

A INJUSTIÇADA CLASSE

O DN coloca em primeira página a referência a que quatro membros do actual Governo foram dirigentes das "jotas" dos respectivos partidos. De facto, Passos Coelho, Mota Soares, Moreira da Silva e agora João Almeida, são expoentes importantes e mais visíveis de um grupo que enxameia gabinetes ministeriais e apresenta como característica comum uma das formas mais eficazes de progressão social e profissional existentes em Portugal, a pertença a uma juventude partidária, sobretudo, naturalmente, dos partidos do chamado arco do poder. Na esmagadora maioria das situações não apresentam currículo relevante, académico ou profissional, que sustentem as funções que desempenham.
Nas "jotas" assumiram funções e cargos que os catapultam para assessores ou deputados e são o início de uma bela e promissora carreira, numa despudorada utilização da administração pública, central, local e empresarial para a distribuição de alguns jobs para os promissores boys e girls. A sociedade portuguesa está cheia de exemplos deste tipo de percursos nas suas diferentes fases. Curiosamente, António José Seguro percorre o mesmo caminho.
Este tipo de situações também contribuem para a baixa confiança que de uma forma geral a classe política merece ao cidadão comum o que é algo de negativo para a saúde da democracia.
Nesta perspectiva, procurando recuperar uma visão mais positiva da classe e em jeito de expiação, proponho-vos um pequeno exercício, um texto interactivo que completarão com os nomes que entendam por bem.
Assim, enquanto cidadão, quero expressar formalmente o meu reconhecimento a todos aqueles que:
. Depois de carreiras profissionais de sucesso e reconhecidas pela comunidade, entendem colocar essa experiência ao serviço do bem comum, como por exemplo, …
. Não ascenderam a lugares políticos tendo uma carreira exclusivamente dentro do aparelho dos partidos, começando logo nas jotas como, por exemplo, …
. Não utilizaram o desempenho de cargos políticos para acederem a colocações profissionais, às quais nunca teriam acesso se não tivessem um passado político como, por exemplo, …
. Fazem do desempenho político uma prova de seriedade sem demagogias ou falsas promessas como, por exemplo, …
. Reconhecem tão facilmente um erro seu, como a virtude de outra opinião ou ideia como, por exemplo, …
. Recusam utilizar o peso político para benefício pessoal, ou dos que lhe estão próximos, sem a utilização de critérios transparentes assentes no mérito como, por exemplo, …
. Entendem que na história fica a obra e não o autor como, por exemplo, …
. Nunca se esquecem que os eleitores são pessoas e não votos como, por exemplo, …
. Resistem à pressão dos sindicatos de interesses que conflituam com o bem comum como, por exemplo, …
Se quiserem ter a gentileza de partilhar as vossas escolhas, poderia ser interessante.

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