AS MINHAS CONVERSAS POR AÍ

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

OS GAJOS NÃO SÃO NENHUNS TÓTÓS

Entrei no café do Sr. António para uma “italiana” e encontrei o meu amigo Cajó, o mecânico que tem o Punto kitado, em frente a uma “mine” com ar de quem se zangou com o mundo.
Olá amigo Zé, tava aqui a meter combustível na máquina antes de ir buscar a minha Odete ao Centro Comercial.
Por falar em combustível, estive a ler uma notícia que diz que os tipos das gasolineiras quando o petróleo sobe, sobem logo preço para a gente, mas quando petróleo desce, demoram mais tempo a descer os preços que a gente paga, não são parvos.
Os gajos não são totós, isso já sabe a gente. Os gajos sabem que o pessoal não larga o carrinho, carregam e a malta que somos uns meninos também não fazemos nada. Os gajos do governo é que deviam ter mão nisto, mas os gajos também só querem é o deles, não pagam gasolina, estão-se nas tintas pá gente. Depois querem que um gajo vá votar, vão mas é trabalhar. Depois ainda carregam à brava nos impostos da gasolina, ouvi dizer que a maior parte do dinheiro da gasolina vai pós gajos, pago um balúrdio de imposto, o que me safa são os biscates, senão tava feito e na volta pago tudo mais caro e não temos nada. Ainda ontem a minha Odete foi marcar uma consulta na Caixa pró médico de família e marcaram para daqui a um mês. Atão p´ra onde é que vai o guito dos impostos? É p´ra s´encherem, claro. Ponham mas é mais médicos …

Desisti, balbuciei uma despedida, paguei a “italiana” e a “mine” do Cajó e fui meter gasolina, estava quase na reserva.

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