AS MINHAS CONVERSAS POR AÍ

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

AFINAL, TANTA AUSTERIDADE PARA QUÊ?

Como diversos indicadores têm vindo a mostrar, a austeridade "custe o que custar" que nos impuseram tem falhado sucessivamente os objectivos pretendidos.
Dados do EUROSTAT hoje divulgados mostram que apesar de sermos um dos países mais castigados por este tipo de políticas fomos o país da zona euro em que o rácio da dívida pública em percentagem do PIB mais se agravou entre o final de 2010 e 2012. Estes dados vão no mesmo sentido de falha de vários objecivos definidos.
A falência dos modelos impostos tem vindo a ser reconhecida mesmo entre os membros da troika, caso do FMI, o que torna ainda mais difícil de entender a persistência numa estratégia de austeridade e empobrecimento. Com uma cumplicidade e fidelidade canina que embaraçam, os feitores e os donos dos destinos concebem uma devastadora situação da qual releva o aumento brutal de situações de pobreza, bem acima das estatísticas oficiais, o aumento fortíssimo do desemprego e do número de pessoas desempregadas sem subsídio de desemprego, o abaixamento dos apoios sociais, a pobreza a afectar crianças e idosos, sempre os grupos mais vulneráveis, a manutenção de simetrias gritantes na distribuição da riqueza, enfim, um inferno para milhões de portugueses.
É este o resultado de uma persistência cega e surda no “custe o que custar", no cumprimento dos objectivos do negócio com a troika e dos objectivos de uma política "over troika", atingindo claramente o limite do suportável e afectando gravemente as condições de vida de milhões. Estamos a falar de pessoas, não de políticas, ou melhor estamos a falar do efeito das políticas na vida das pessoas. E estamos no “bom caminho”?
Creio que já ninguém consegue sustentar que este trajecto nos possa levar a bom porto, está à vista o quanto é insustentável a insistência neste caminho. Na verdade, o caminho decidido, por escolha de quem o faz, é bom registar que existem alternativas, está a aumentar assimetrias sociais e obviamente a produzir mais exclusão e pobreza mas, insisto, mais preocupante é a insensibilidade da persistência neste caminho.
Insistir no empobrecimento afirmando ser esse o "bom caminho" é insulto e terrorismo social, é armar uma bomba de potenciais efeitos devastadores.

3 comentários:

  1. Vamos falar de desperdícios causadores de TANTA AUSTERIDADE.

    Personagens: Primeiro Ministro de Portugal (PMP) - Primeiro Ministro Alemão (PMA).

    PMA-Meu caro, tenho aqui um problemazinho que preciso resolver consigo. Tenho uma empresa lá na Alemanha que está com dificuldades em obter encomendas.Eles fabricam submarinos de guerra mas, desde a queda do muro de Berlim , ninguém está interessado nas maquinetas deles. Não há compradores para os U-boot. Acabaram-se as encomendas militares. Esses fabricantes vão á falência, e são bons amigos, financiaram a campanha do meu partido nas últimas eleições. Já falei com os Gregos que vão comprar quatro submarinos, mas é necessário outra encomenda. Então estava a pensar se a Marinha Portuguesa não andará a precisar de uns submarinos.

    PMP-Para que queremos nós submarinos?! Já temos o Barracuda que nos dá água pela barba.

    PMA-Você não está a compreender. Temo-vos ajudado nos fundos de coesão e vocês têm derretido o nosso dinheiro em estradas e obras públicas, entregando-o a construtoras amiguinhas que vos financiam as campanhas eleitorais e que inflacionam os custos em 300/400 % Também vos dão umas verbazitas para as vossas contas pessoais. Ou seja, o dinheiro dos contribuintes Alemães tem sido usado para financiar os vossos esquemas e os vossos partidos. Preciso agora que nos devolvam o favor e usem o dinheiro dos contribuintes portugueses para financiar esta empresa que muito tem ajudado o meu partido. ENTENDEU?

    PMP-Quanto é que custa uma coisa dessa?

    PMA-Anda á volta de quinhentos milhões de euros cada submarino. Esta empresa de que lhe falei está na disposição de apoiar os nossos partidos amigos e não só, faço-me entender?, com uma quantia muito generosa.

    PMP-Uma quantia generosa?. Na verdade já ouvi os almirantes protestarem com o Barracuda que está velho. Parece-me que essa compra é essencial. Essa quantiazinha que referiu ...quão generosa seria ela?

    PMA-Quinze milhões cada submarino.

    PMP-Ena, isso é interessante! O pior é alguma oposição. Teremos que lhes dar algum dinheiro. Assim ficamos todos satisfeitos e os únicos a protestarem serão os esquerdelhas que não levam nada e vão ladrar muito.
    Acho até que vamos precisar de TRÊS SUBMARINOS. IMAGINE QUE OS ESPANHÓIS NOS INVADEM?!
    NEGÓCIO FECHADO!!!

    PMA-Se tiverem problemas tenho uns amigos que possuem uma empresa com conta nas Bahamas e nas ilhas Caimão e a origem do dinheiro é a Suiça e o rasto fica apagado.

    Esta peça é um fragmento de um livro que aconselho vivamente.

    A MÃO DO DIABO
    de: José Rodrigues dos Santos

    Garanto-lhes por minha honra que não fui pago de nenhuma forma para fazer publicidade.


    VIVA!

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  2. Claro que não Senhor Professor mas, ajuda a compreender os motivos de TANTA AUSTERIDADE.


    VIVA!

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