AS MINHAS CONVERSAS POR AÍ

domingo, 29 de setembro de 2013

POBREZA, O MAIOR FALHANÇO DAS SOCIEDADES ACTUAIS

O Público apresenta hoje com texto de Paulo Moura um impressionante e perturbador trabalho sobre a pobreza, “a ilha de onde ninguém sai” como lhe chama.
A pobreza e a exclusão deveriam envergonhar-nos a todos, a começar por quem lidera, representam o maior falhanço das sociedades actuais.
Afirmo com frequência que uma das consequências menos quantificável das dificuldades económicas, sobretudo do desemprego, em particular o de longa duração e de situações em que o tempo obriga a perder o subsídio, é o roubo da dignidade às pessoas envolvidas.
Também sabemos que se verifica oportunismo e fraude no acesso aos apoios sociais, mas a esmagadora maioria das pessoas sentem a sua dignidade ameaçada quando está em causa a sobrevivência a que só se acede pela “mão estendida” que envergonha, justamente por uma questão de dignidade roubada.
A questão da pobreza é um terreno que se presta a discursos fáceis de natureza populista e ou demagógica, sem dúvida. Mas também não tenho dúvidas de que os problemas gravíssimos de pobreza que perto de três milhões de portugueses conhecem, exigem uma recentração de prioridades e políticas que não se vislumbra. Na verdade, apesar da retórica oficial de que existe justiça social nas medidas de austeridade, o que é verdadeiramente insustentável é que as políticas assumidas, por escolha de quem decide, por cá e noutras paragens, estão a aumentar as assimetrias sociais, a produzir mais exclusão e pobreza.
Mais preocupante é a insensibilidade da persistência neste caminho.

 

1 comentário:

  1. Ainda ninguém percebeu que esta forma de governar não é inocente nem tão-pouco incompetência ?! É bem lúcida e propositada.
    Quem governa desta maneira é indiscutívelmente mandatário do grande capital Nacional e Estrangeiro.
    O objectivo é fazer desaparecer as classes intermédias que são as mais incómodas quando fortes. O que já está a suceder.As classes médias estão já agonizantes. Muitos já sem rendimentos suficientes para pagar a casa, alimentação e educação aos seus filhos.

    O objectivo dos donos do dinheiro é instaurar apenas duas classes: Pobres e ricos.
    Pobres e assim fácilmente manobráveis e agenciados e os ricos tirando proveito das suas fragilidades.
    É a escola do famigerado Estado Novo.

    E estão paulatinamente a alcançar o seu objectivo.


    VIVA!

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