Alguma imprensa de hoje recorda, creio que com
alguma dose de cinismo, que o dia 23 de Setembro tinha sido definido por Vítor
Gaspar, o génio dos modelos econométricos, para o regresso aos mercados.
A realidade, sempre a realidade que teima em não
caber na folha de Excel na qual assentam os modelos, vai promovendo o falhanço
de sucessivas previsões globais.
Há uns meses atrás o I fez um trabalho muito
interessante sobre o que designou por o "mundo delirante das
previsões da troika" centrado, naturalmente na falha clamorosa de todas
as previsões elaboradas pelos especializados e geniais técnicos que
administram o país exemplificando com dados relativos ao défice,
ao crescimento ou ao desemprego.
Sabemos da falibilidade da obra humana mas é
demasiado grave que estes gurus acompanhados, pelos seus adjuntos internos,
Passos Coelho, Vítor Gaspar e tantos outros colaboradores definam um conjunto
de políticas gravosas, promotoras de exclusão e pobreza assentes em falhas
inaceitáveis dos seus modelos de análise e que de tal processo não se extraia
uma conclusão óbvia, é necessário e urgente redefinir modelos e políticas mas
na qual, como parece óbvio, os adjuntos internos da troika não estão
minimamente interessados.
O resultado de tudo isto é uma persistência cega
e surda e uma inabalável fé nos seus falíveis modelos, traduzidas no “custe o
que custar", no cumprimento dos objectivos do negócio com a troika e mesmo
na definição de objectivos de uma política "over troika", atingindo
claramente o limite do suportável afectando gravemente as condições
de vida de milhões. Estamos a falar de pessoas, não de políticas, ou melhor,
estamos a falar do efeito das políticas na vida das pessoas.
Este "mundo delirante das previsões" da
troika e dos feitores portugueses, como lhe chamou o I, seria um bom exemplo da conhecida metáfora
do burro meteorologista, não fora a tragédia que causa na vida de milhões de
pessoas.
Vamos então esperar que os deuses mercados se acalmem, se
tornem misericordiosos e tenham piedade de nós.
Nós portamo-nos bem, já merecíamos uma atençãozinha.
A máquina de guerra Germânica tentou abocanhar todo o Sul da Europa por duas vezes.Foi DEBALDE!
ResponderEliminarEstá agora a realizar essa ambição de forma económica e financeira.
Não se iludam os Países que pensam que estão imunes. França ,Itália, Grécia, Espanha e outros estão na lista de prioridades. A estratégia é empobrecer e depois colonizar. FMI,BCE, bancos Alemães e mercados são as armas.
A Imprensa, diga o que disser, a favor ou contra, não passa de fogo fátuo.
VIVA!
VIVA!