Com o ensino superior a viver
momentos agitados face ao desinvestimento do MEC e à conjuntura desfavorável, existe um pequeno nicho do ensino
universitário que está em franca actividade, sem aparentes sobressaltos e ao qual
importa estar atento. Refiro-me às Universidades de Verão organizadas pelas
estruturas partidárias. PSD e PS têm as suas em desenvolvimento.
Confesso que fico sempre
impressionado com estas iniciativas e julgo que devem ser olhadas com
particular atenção.
Em primeiro lugar porque penso
que os estudantes que as frequentam, depois de passarem por sucessivos
dispositivos de selecção e exames que certifiquem a qualidade da sua
preparação, são certamente de um nível de excelência que autoriza a pensar
estarmos na presença de uma elite de que o país muito espera e, seguramente,
beneficiará.
Por outro lado, o corpo docente
destas Universidades é todo ele de uma qualidade científica que obviamente
levará a que os estudantes se sintam verdadeiramente privilegiados pela oportunidade
de lidar com professores de uma craveira ímpar.
Para além de figuras reconhecidas
do mundo universitário, os estudantes têm a possibilidade de ouvir lições de
notáveis como o Dr. Carlos Zorrinho, o Dr. Santana Lopes ou o Dr. Marco António de quem ouvi um
excerto da conferência proferida, creio que no primeiro dia da Universidade do
PSD, que me deixou verdadeiramente fascinado.
Na verdade, estas Universidades
de Verão culminam um longo trabalho de formação e qualificação produzido pelas juventudes
partidárias e que finalmente é certificado com a excelência aqui atingida.
É nestas actividades académicas que
se forjam verdadeiramente os líderes de amanhã, é importante seguirmos com
atenção. O futuro passa por aqui.
Não vou permitir a omissão da presença do eminente (para mim) sociólogo António Barreto na Universidade de Verão do PSD que entre outras coisas disse: O sistema judicial português é "POUCO EFICAZ, POUCO JUSTO, POUCO PRONTO" sublinhando que o mesmo está "REFÉM DOS PRINCIPAIS ACTORES, PRINCIPAIS INTERVENIENTES NA JUSTIÇA" numa aula sobre "UM RETRATO DE PORTUGAL".
ResponderEliminarLamento não haver Universidades similares em todas Estações do ano.
VIVA!
No ano lectivo 2007/2008, com pré-inscrições one-line até 3 de Setembro e candidaturas de 4 a 14 de Setembro de 2007, a Escola Superior de Gestão de Santarém anunciou um Mestrado em Gestão, usando o seu símbolo e o da Universidade de Évora; o Sr. Prof. Carlos Zorrinho, então Coordenador da Estratégia de Lisboa e do Plano Tecnológico, foi o convidado de honra na abertura do que então era noticiado* como o Mestrado em Gestão na ESGS em parceria com a Universidade de Évora; em Janeiro de 2008** a polémica instalou-se: para o Sr. Presidente do Conselho Directivo da Escola Superior de Gestão de Santarém, o Mestrado que decorria na ESGS era um Mestrado em parceria com a Universidade de Évora, já para a Sr.ª Prof.ª Marta Silvério da Universidade de Évora tratava-se de um curso de pós-graduação não conferente de grau…
ResponderEliminarNos anos subsequentes, o Mestrado em Gestão em parceria com a Universidade de Évora constou da oferta educativa do Instituto Politécnico de Santarém, sem que no site da Direcção-Geral do Ensino Superior se tenha descortinado o mesmo (Mestrado) na oferta formativa do Instituto Politécnico de Santarém.
*O Ribatejo edição de 19/10/2007.
**O Mirante edição de 25/1/2008
Eu, que continuo sem perceber como é possível ao ensino politécnico PÚBLICO ministrar Doutoramentos, estou maravilhado com a explicação dada pelo Sr. Prof. José Rodrigues ao O Ribatejo que, na sua edição de 29/9/2011, na página Ensino, sob o título “ESDRM com doutoramento em Ciências do Desporto”, p. 22, noticia uma sua 2.ª edição.
ResponderEliminarSe bem percebi, uma parceria com uma Universidade permite-lhes ministrar o que a lei não lhes faculta, o Doutoramento…
Falta apenas o que é essencial, a divulgação do conteúdo preciso das autorizações de funcionamento dos Doutoramentos (e dos Mestrados) ministrados no Instituto Politécnico de Santarém.
http://www.oribatejo.pt/esdrm-com-doutoramento-em-ciencias-do-desporto/
o que dizer das despesas do ensino superior politécnico público tais como, a celebração do aniversário de uma Escola, integrada no Instituto Politécnico de Santarém, com um cruzeiro na barragem do Castelo do Bode, com almoço a bordo e transferes em autocarro ao cais de embarque, para docentes, funcionários e convidados, noticiada pelo jornal “O Mirante”, na sua edição de 18.12.2008, pág. 33, em artigo intitulado “Aniversário da Escola de Gestão celebrado em tom de discórdia”, e pelo Diário de Notícias, na sua edição de 19.12.2008, pág.13, em artigo intitulado “Um passeio à conta dos contribuintes”.
ResponderEliminarDespesas estas, que não suscitaram um reparo por banda dos órgãos do Estado.
Conviria ao Ministério da Educação recuperar as afirmações do representante dos alunos do Instituto Politécnico de Santarém, na cerimónia de abertura do ano lectivo realizada em Outubro de 2010. Por essas (afirmações), somos levados a um universo impensável de férias não gozadas que se traduzem em rendimento; ou explicado de outro modo, nos lautos rendimentos que auferiram Professores aquando da sua reforma pelos dias de férias não gozados acumulados ao longo dos anos em que exerceram funções dirigentes.
ResponderEliminarAssumindo que houve, em Portugal, Marajás (e não apenas na Índia, em tempos recuados) melhor fora que, em nome da equidade na aplicação dos dinheiros públicos mas também da satisfação das reais necessidades (imensas) do país, circunstâncias como estas não voltassem a acontecer.
Mais, que o mesmo Ministério que supôs impor aos professores a devolução do dinheiro recebido em resultado de um erro na progressão na carreira, que não lhes era imputável, por maioria de razão usasse de igual exigência com os Marajás, e determinasse o reembolso de verbas por eles despendidas em extravagâncias, tais como, com um cruzeiro com almoço a bordo e transfer ao cais, ou com férias não gozadas que se traduzem em rendimento…
http://videos.sapo.ao/dYgrN75qdYhQMMgy07Jg
Um verdadeiro milagre, esta eficiência...
ResponderEliminarA Escola de Desporto de Rio Maior cujo custo em 23 de Março de 2011, antes de concluída, já ascendia a 18 milhões de euros…
http://videos.sapo.ao/Z8RBcTU8gvd36nQeTpMf
Foi inaugurada pelo Sr. Ministro da Educação, Prof. Nuno Crato, em 24 Maio de 2013, com um custo anunciado de cerca 13,5 milhões de euros!
http://www.youtube.com/watch?v=_epZTM5R1Io
http://www.oribatejo.pt/15-anos-depois-a-escola-de-desporto-de-rio-maior-chegou-a-casa-videos/
Uma tragédia, sem dúvida, para as finanças públicas, ou seja, para nós; pena é que o ridículo não pague imposto… pelo alívio que dessa cobrança adviria para as famílias portuguesas. As mesmas que fazem as delícias do discurso político deste Governo, sempre predisposto a cortar o poder de compra, e a confundir direitos fundamentais com regalias…