O BIC Portugal exige ao Estado o reembolso no
valor de cerca de 100 milhões de euros, relativo ao BPN, ainda decorrente dos
termos do negócio da privatização e venda do banco, processo liderado pela actual
Ministra das Finanças.
É de sublinhar que o montante da agora exigida
dívida do Estado ao BIC é de 100 milhões
de euros, enquanto a privatização e venda do BPN foi realizada por 40
milhões.
No universo dos processos de negociação costuma
afirmar-se que um bom negócio obedece à fórmula ganhar-ganhar, ou seja, todos
os intervenientes no negócio acham que "ganharam", fizeram um bom
negócio ou, pelo menos, o melhor negócio possível. A alternativa é traduzida na
fórmula "ganhar-perder" em que algum ou alguns dos intervenientes
admitem ter feito um mau negócio.
O negócio de privatização e venda do BPN ao BIC
é, obviamente, um negócio ruinoso.
De facto, os contornos conhecidos, preço de venda
por 40 milhões, responsabilização do estado pelo despedimento de metade dos
funcionários do BPN e por parte das dívidas além dos custos de recapitalização
sugerem um excelente negócio que nos custará qualquer coisa como 2,4 mil
milhões de euros, no mínimo.
Os 100 milhões agora exigidos pelo BIC inscrevem-se
neste processo.
É certo que está prometido um pagamento
suplementar por parte do BIC sobre eventuais lucros dentro de cinco anos que,
muito provavelmente, não acontecerão.
Este excelente negócio, na linha dos muitos que têm sido realizados, lembremos os agora tão falados contratos que envolvem "swaps", recordou-me de
novo, uma afirmação de Nuno Brederode dos Santos numa antiga crónica no
Expresso, “Os Negócios Estrangeiros em Portugal raramente são bons negócios
mas, quando o são, então são, de facto, estrangeiros”.
Sinto-me roubado.
A mente está sempre arranjar padrões, rotular as situações, bom, mau, frio quente, conforto, desconforto, sossego, desassossego.
ResponderEliminarO Senhor Professor entrou no padrão roubado, ladrão.
É evidente que não houve roubo nenhum. É evidente que foi um excelente negócio. PARA QUEM ?!
Para os colonizadores da economia Portuguesa, claro está...
Neste caso concreto é o pagamento da factura da história, com pitadas de Mira Amaral, Américo Amorim e outros menos sonantes.
Eu vou entrar no padrão, MACHO, EUNUCO...Os políticos portugueses são EUNUCOS.
VIVA!