Um ex-jornalista do Diário
Económico foi contratado pela EDP para funções de consultoria a projectos no
estrangeiro. Nada de estranho, num país em que o tráfego entre redacções da
comunicação social e funções de consultoria ou assessoria em gabinetes ministeriais
ou em empresas públicas é intenso, chegando mesmo a engarrafar.
Certamente por coincidência, o
Sr. Consultor é marido da actual Ministra das Finanças que, também por
coincidência, em 2011 acompanhou o processo de venda de uma importante fatia da
EDP à Three Gorges empresa chinesa, como bem se recordam.
O Sr. Consultor, para evitar
embaraços à empresa e à Sra. Ministra sua esposa, pediu agora a suspensão do
contrato.
Num
tempo em que os valores se questionam e alteram parece-me importante registar a preocupação com o bem-estar da
família, consultor para projectos no estrangeiro será, provavelmente, uma cadeira
bem mais confortável, por assim dizer, que a de jornalista do Diário Económico.
Não percebo sequer a razão pela
qual o Sr. Consultor pediu agora a suspensão do seu contrato pelos motivos
referidos, até fica a parecer que existe algum injustificado desconforto de
consciência. A existir, sem motivo evidentemente, tê-lo-ia impedido de aceitar a função.
Mais a sério, esta situação não
tem nada de estranho num país de "boys bands" o estilo musical é que
vai variando, ainda que pouco.
O Portugal dos Pequeninos em modo
"jobs for the boys and girls" para evitar a discriminação de género.
O seu texto trouxe-me á memória o seguinte provérbio: É PRESO POR TER CÃO E PRESO POR NÃO TER.
ResponderEliminarNinguém está imune, mesmo só por breves momentos, a pertencer e agir como membro de pleno direito a "PORTUGAL DOS PEQUENINOS".
VIVA!