Devo confessar que estou admirado e preocupado.
Ao que a imprensa refere, o Gabinete de Luta Anti-Fraude da União Europeia,
após queixa da deputada Ana Gomes e considerando os indícios de fraude
revelados na altura, final de 2012, pelo Público, desencadeou uma investigação às
actividades e financiamento da empresa Tecnoforma e da organização não-governamental
denominada Centro Português para a Cooperação, entidades que foram dirigidas
por Passos Coelho.
Estou admirado pois nada do que conhecemos faz
suspeitar de indícios de fraude que sustentem a investigação da UE às entidades
citadas. Aliás, em Fevereiro deste ano, a imprensa noticiava que o DCIAP estaria
a investigar corrupção, tráfico de influências, desvio de fundos e prevaricação
no caso Tecnoforma. Como nada se soube entretanto e como a investigação e a
justiça em Portugal se caracterizam pela rapidez, é de presumir que nada de
ilícito se terá encontrado, obviamente.
Por outro lado, admira-me também a falta de
solidariedade entre portugueses que leva a deputada Ana Gomes a fazer queixinhas
ao Gabinete de Luta Anti-fraude, uma indelicadeza grosseira e falta de sentido de estado que só posso
entender como decorrente da luta partidária que não deveria sobrepor-se aos
interesses nacionais tão bem defendidos pela Tecnoforma e pelo Centro Português
para a Cooperação que apenas estavam interessados em promover qualificação e cooperação,
dois desígnios fundamentais de Portugal.
Vejamos, a Tecnoforma e prestou extraordinários
serviços ao país na carente área da formação profissional tendo, por exemplo,
numa decisão genial e demostradora de visão procurado proporcionar formação a
centenas de funcionários municipais para funções em aeródromos que não existiam
nem se previa que viessem a existir e se contou com a colaboração do Dr. Passos
Coelho sublinha a sua capacidade de visão e e empreendedorismo que tão úteis
agora nos têm sido.
O Dr. Passos Coelho também esteve envolvido na
criação da citada ONG direccionada para a intervenção em projectos de
cooperação em áreas em que operava, adivinhem, isso mesmo, a Tecnoforma. Neste
projecto de generosidade e de cooperação desinteressada, Passos Coelho andou
acompanhado de umas figuras, Ângelo Correia e Marques Mendes, por exemplo, que na
altura das notícias afirmaram não estar bem recordados dessa ligação. Como
diria um famoso artista político e CEO português, "há muita fraca
memória".
Ao que parece e para além de umas mordomias a
algumas pessoas, a Organização Não Governamental não singrou pelo que Passos
Coelho, homem realista e com uma extraordinária capacidade de empreendedorismo
e persistência, retomou a estrada que vinha a percorrer desde a JSD ao lado de
ilustres "compagnons de route" como Miguel Relvas, também conhecido
pelo “Dr.” integrar uma OG Organização Governamental em vez de uma discreta
Organização Ñão Governamental. Entretanto e como é sabido o “Dr.” Relvas já
abandonou a Organização Governamental e o Dr. Passos Coelho, disse o seu pai,
estará “morto” por o poder fazer também.
Acho na verdade muito preocupante que agora por
minudências de tricas partidárias duvidem da solidez e seriedade destes
projectos.
Finalmente, preocupa-me que aproveitando a
embalagem se desencadeie uma análise mais alargada à utilização em Portugal dos
fundos da União Europeia durante décadas. Aí, implodimos de vez.
Se a utilização dos fundos da União Europeia para Portugal fossem analisados com minúcia, não sobrava nenhum ex-governante e pelos vistos também actuais para podermos dizer: ESTE FOI HONESTO.
ResponderEliminarRestava-nos apenas poder dizer: ESTE FOI MENOS DESONESTO.
VIVA!